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No dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão Arterial. E segundo um estudo realizado pela agência chinesa Xinhua, em janeiro desse ano, o número de pessoas que sofre com a hipertensão aumentou basicamente em todo o mundo nos últimos 25 anos.
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Além disso, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta semana pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais do país, o diagnóstico de hipertensão que era de 22,5% em 2006, subiu para 25,7% em 2016. O resultado é referente as respostas de entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016, com 53.210 pessoas maiores de 18 anos.
Segundo o cirurgião cardíaco de São Paulo, Marcelo Sobral, a pressão arterial é a força que o sangue exerce na parede das artérias. “Quando essa força aumenta, as artérias oferecem resistência para a passagem do sangue sendo denominada Hipertensão Arterial. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9) ”, esclarece o médico.
O especialista explica que enquanto a pressão está em 12 por 8, tudo funciona corretamente no organismo, porém, se a pressão aumenta continuamente, o coração, o cérebro, os rins, os olhos e as próprias artérias sofrem desgaste. Além disso, quando a pressão está acima de 14 por 9, já é preciso tomar alguns cuidados como o controle do peso e do estresse, redução do sal na alimentação e o abandono do sedentarismo. “Um dos grandes perigos dessa doença é que ela é silenciosa. A maioria dos hipertensos não apresenta qualquer sintoma ou sinal referente à hipertensão, por isso, a importância de estar em dia com os exames de rotina”, alerta Sobral.
No entanto, sintomas como dor na nuca, dor de cabeça, enjoos, tonturas e falta de ar podem indicar a hipertensão, porém não são específicos da doença. E na maioria das vezes, os sinais surgem apenas quando a hipertensão já causou danos aos órgãos. Abaixo, o especialista listou alguns fatores de risco que levam a hipertensão:
- Hábitos alimentares irregulares e o consumo de sal e produtos industrializados elevados;
- Sobrepeso e obesidade;
- Tabagismo;
- Diabetes;
- Hereditariedade.
“A prevenção é sempre o ponto chave para evitar complicações cardíacas futuras. É preciso conscientizar as pessoas sobre os perigos dessa doença e incentivar, além de visitas frequentes ao médico, uma vida saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos regulares”, finaliza Sobral.