© Ricardo Stuckert / Instituto Lula
O engenheiro civil Emyr Costa prestou depoimento e afirmou à Procuradoria Geral da República (PGR) que foi o responsável pela compra de um cofre para guardar, em espécie, R$ 500 mil que foram repassados pela Odebrecht para a reforma do sítio em Atibaia, frequentado pela família do ex-presidente Lula. As informações são do G1.
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De acordo com o delator, esse dinheiro serviu para pagar os engenheiros e operários envolvidos na obra.
“Eu peguei toda informação e mostrei para Carlos Paschoal (executivo da Odebrecht que era responsável pelas operações da empreiteira em São Paulo) e expliquei e disse que era necessário 500 mil [reais]. Ele me autorizou a começar o trabalho e disse que ia entregar o dinheiro através dessa equipe de operações estruturadas. Ele pediu para ligar para a senhora Maria Lúcia Soares. Eu nunca tinha feito uma obra dessa natureza e comprei um cofre. Semanalmente, eu entregava R$ 100 mil . Eu recebi esse dinheiro em espécie”, contou ele.
O delator revelou também que foi o executivo Carlos Paschoal, responsável pelas operações da Odebrecht em São Paulo, que o deixou responsável, em 2010, pela reforma do sítio.
"[Paschoal] me disse que era para eu destacar um engenheiro de confiança para mandar até o apartamento do Lula e fosse até o sitio de Atibaia fazer umas reformas. Essa reunião foi na construtora".
Através de nota, o Instituto Lula afirmou que "o sítio não é de propriedade do ex-presidente" e, ainda, que "Seus donos já provaram tanto a propriedade quanto a origem lícita dos recursos que utilizaram na compra do sítio".