© Marco Bello / Reuters
Ao menos dois manifestantes morreram baleados nos protestos da oposição, chamados de "mãe de todas as marchas", nesta quarta-feira (19), na Venezuela, segundo opositores e fontes oficiais. Um dos protestos que deixou vítima aconteceu na Plaza La Estrella, em Caracas. O outro foi no estado de Táchira, que deixou mais de cem feridos por asfixia a gás lacrimogêneo e matou uma jovem de 23 anos. Ambos não estavam envolvidos em confrontos violentos nas passeatas.
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Policiais e militares usaram gases lacrimogêneos contra manifestantes em diversos pontos de Caracas para impedir que avançassem até o centro da cidade. Opositores acusaram o governo de atacar os manifestantes.
O jovem Carlos José Moreno Baron, de 17 anos, foi levado ao Hospital das Clínicas de Caracas, mas morreu em uma cirurgia. De acordo com O Globo, Baron não estava participando dos protestos. Ele estava indo jogar futebol quando levou um tiro na cabeça.
Paola Ramírez, de 23 anos, foi baleada durante um protesto na capital do estado de Táchira, em San Cristóbal. De acordo com familiares da vítima, a jovem havia participado das manifestações, mas foi atingida quando estava perto de casa. Vizinhos contaram que ela foi baleada por motoqueiros dos chamados "coletivos" paramilitares pró-chavismo.
O protesto deixou mais de cem feridos, segundo opositores. Um deles foi o líder juvenil local do partido Vontade Popular, José Bravo, que sofreu ferimentos na cabeça e estava em estado grave, segundo colegas.
De acordo com jornalistas no local, ao menos 15 guardas e policiais se feriram, enquanto um número indeterminado de manifestantes acabou preso.
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