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Quatro réus seguem presos preventivamente na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), nove meses após a Operação Hashtag que prendeu 13 suspeitos por terrorismo às vésperas da Olimpíada do Rio, no ano passado.
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Leonid El Kadre de Melo, de 33 anos, é um dos que aguardam sentença. O preso está há 25 dias em protesto pela indefinição do caso. Ele já perdeu 13 kg desde o início do ato: foi de 84 kg para 71 kg. O diretor da penitenciária, Rodrigo Almeida Morel, alegou que está médicos, enfermeiros e psicólogos estão acompanhando o caso.
Outros três presos na mesma penintenciária, sob a mesma acusação, Alisson Luan de Oliveira, de 19 anos, Fernando Pinheiro Cabral, 23, e Luis Gustavo de Oliveira, 27, também fizeram greves de fome com o mesmo objetivo, mas duraram apenas três dias.
O irmão de Leonid, Valdir Pereira da Rocha, também foi preso por suspeita de terrorismo. O suspeito recebeu alvará de soltura dois meses após ser detido. No entanto, continuou preso pois teve o endurecimento do regime de outra condenação por assalto e homicídio.
Valdir foi então transferido para o presídio estadual em Mato Grosso, onde morreu por espacamento e golpeas de barra de ferro por outros presos. O inquérito do caso apontou que os agressores o assassinaram por acreditarem que ele era terrorista.
"A versão de todos os detentos é que o crime foi cometido porque ele seria terrorista e que terrorista derrama sangue inocente, por isso ele não era para estar ali", contou o delegado Marcelo Jardim.
De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, até o momento, não foi verificada a ligação dos réus da Operação policial com grupos extremistas, nem a existência de um plano concreto de terrorismo.
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