© Bruno Cantini / Atlético
Mais do que apenas a classificação do Atlético à final do Campeonato Mineiro, o técnico Roger Machado celebrou a boa atuação da sua equipe na vitória por 3 a 0 sobre a URT, no último domingo, no Independência. E a partida também ficou marcada por gestos de apoio dos jogadores ao treinador, que vinha tendo o seu trabalho questionado diante da sequência de resultados ruins. E Roger fez questão de agradecer o carinho, avaliando que ele fortalece o seu trabalho.
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"Nos momentos de adversidade, o treinador e os jogadores serão pressionados porque há um senso comum de que, quando não se ganha e não se joga bem, é porque não houve esforço, e não é verdade. E temos que contextualizar porque, do outro lado, tem um adversário querendo a mesma coisa que a gente. Talvez por entender o desejo de continuidade no trabalho, por estar sendo bem conduzido por todos, não só por mim, e que no começo de qualquer trabalho as coisas são instáveis, os atletas resolveram demonstrar a atitude de apoio ao treinador", disse.
Roger afirmou que a mudança tática realizada no Atlético, com Elias atuando mais recuado, ao lado de Rafael Carioca, trocando o esquema 4-1-4-1 pelo 4-2-3-1, trouxe mais segurança ao time, que não teve sua defesa tão exposta e ainda conseguiu produzir bem ofensivamente. Além dessa alteração, o treinador também promoveu as entradas de Maicosuel e Marlone nas vagas de Cazares e Otero.
"As mudanças técnicas e táticas que fiz, trazendo um pouco mais o Elias para o lado do Carioca, abrindo mão momentaneamente do 4-1-4-1, para dar uma sustentação maior ao nosso meio e podermos fazer as coberturas quando necessário. A gente tinha a vantagem pelo empate e pela classificação em primeiro na fase anterior, jogamos com ela, mas não por ela. E conseguimos produzir bem", afirmou.
Além disso, Roger apontou que boas atuações individuais também fizeram o jogo coletivo do Atlético funcionar melhor no último domingo. "Hoje, muitos tiveram em alto nível e isso é que faz o coletivo funcionar, tecnicamente e taticamente. Quando um ou dois só conseguem fazer um jogo bom tecnicamente, o coletivo também sofre. Para mim, essas foram as substanciais diferenças. Evidentemente, pressionados pelos últimos resultados, insatisfatórios, precisávamos de uma atuação deste nível para tranquilizar o nosso torcedor, que veio mesmo insatisfeito. E a gente sabe a diferença que é quando o torcedor, incondicionalmente, vem e apoia", analisou.
O jogo com a URT também ficou marcado pela volta de Victor, recuperado de lesão. O goleiro fez no último domingo a sua primeira partida pelo Atlético em 2017. E Roger destacou a importância da experiência do goleiro para o seu time.
"Jamais vou abrir mão e me eximir da responsabilidade quando entender que tenha que trocar ou escalar determinado jogador. O importante para este jogo era a volta do Victor, que todo mundo sabe o peso e a importância dele, mas, acima de tudo, iria voltar no momento em que, mais do que bem treinado, estivesse confiante. Ele estava confiante para vir para o jogo e fez uma reestreia tranquila. É um cara com muita experiência e sabe como conduzir esse processo dentro de campo, foi muito bem", avaliou.
Após eliminar a URT, o Atlético vai encarar o Cruzeiro na decisão do Campeonato Mineiro, em clássicos agendados para 30 de abril e 7 de maio. Antes, porém, vai receber o paraguaio Libertad, na próxima quarta-feira, em jogo decisivo para as suas pretensões na Copa Libertadores. Com informações do Estadão Conteúdo.