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A região central do Distrito Federal está passando por um racionamento de água há dois meses, completados nesta quarta-feira (26). No entanto, os prédios públicos foram poupados da rotina de restrição e alguns órgãos federais não só não economizaram, como aumentaram o consumo de água em meio à crise de abastecimento.
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Segundo levantamento feito pelo G1, o Senado, a Câmara dos Deputados e Procuradoria-Geral da República (PGR) estão na lista dos maus poupadores.
Em fevereiro, quando os cortes começaram, o Senado gastou 8,2 milhões de litros de água. Em março, o consumo aumentou 29,32%, e atingiu 10 milhões de litros.
Em nota, a direção do Senado diz que a diferença foi motivada pelo calendário. "Fevereiro teve apenas 28 dias, incluindo as festividades de Carnaval. Por sua vez, março foi de atividade plena, não sendo registrados feriados", disse a Casa.
A Câmara dos Deputados foi de 12,8 milhões de litros de água em fevereiro para 14 milhões de litros no mês seguinte. Um salto de 9,63%.
A justificativa do órgão foi a mesma do Senado: "efeitos sazonais de feriados, recesso parlamentar, etc". "Na comparação entre 2015, 2016 e 2017, percebe-se uma tendência de redução de consumo", informou.
Ao todo, cerca de 557 mil pessoas estão sendo atingidas pelo racionamento. As localidades com restrições são todo o Plano Piloto, Lago Sul, Lago Norte, área central, Sudoeste e Noroeste, entre outros abastecidas pelo reservatório de Santa Maria.
Em regiões mais afastadas, que são abastecidas pelo reservatório do Descoberto, o racionamento começou 40 dias antes, em 16 de janeiro, atingindo 1,8 milhão de moradores. Ao todo, 2,3 milhões de brasilienses estão sujeitos à restrição.
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