© Ricardo Moraes / Reuters
Pelo menos nove ônibus foram incendiados no centro do Rio de Janeiro durante as manifestações que ocorrem hoje (28) na cidade e no país como parte da greve geral contra as reformas trabalhista e da Previdência.
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Um ônibus foi incendiado na Cinelândia e pelo menos quatro na Lapa, região central da capital fluminense. Até o momento, não há informações sobre feridos. A polícia tenta dispersar os manifestantes, muitos deles mascarados, com bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.
O protesto principal, que ocorre na Cinelândia, foi retomado após ser interrompido por cerca de meia hora por ação da polícia, que usou gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação. As bombas atingiram inclusive o palco onde lideranças políticas, sindicais e estudantis se preparavam para discursar.
Até as 18h20, a situação na Lapa não havia sido controlada pela polícia.
Além dos ônibus, alguns manifestantes depredaram agências bancárias, pontos de ônibus, lixeiras e retiram tapumes instalados em prédios.
Mobilidade
Em nota, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) repudiou os ataques aos ônibus urbanos na noite desta sexta e disse que os casos de veículos incendiados em atos criminosos no estado este ano já chegam a 39. Em 2016, segundo a entidade, 43 ônibus foram queimados no estado, com custo de R$ 19 milhões.
O Centro de Operações Rio informou que as linhas expressas Amarela e Vermelha estão funcionando normalmente, mas pediu que as pessoas evitem as regiões da Cinelândia e da Lapa por causa do tumulto. O município está em estágio de atenção desde cedo devido ao fechamento de várias ruas e avenidas da cidade no período da manhã.
As concessionárias Metrô Rio e SuperVia, responsável pelo transporte de passageiros nos trens, e as Barcas S.A., que fazem a travessia na Baía de Guanabara estão funcionando normalmente agora à noite. Apenas a estação do metrô na Cinelândia foi fechada, por medida de segurança.
Polícia Militar
A Polícia Militar informou, em nota, que desde o início da manhã está realizando um patrulhamento intensivo por todo o estado.
No centro do Rio, policiais militares de cinco batalhões da corporação estão atuando na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para evitar depredações e na Cinelândia, local de encerramento das manifestações, onde ocorreu a queima de nove ônibus.
A PM diz ainda, na nota, que agiu em vários distúrbios, reagindo à ação de vândalos que, infiltrados entre os manifestantes, promoveram atos de violência e baderna. Até o momento, há notícias de saques e depredação de lojas, estações do metrô e do VLT, ônibus e carros apedrejados e incendiados. Com informações da Agência Brasil.
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