'Greve foi só o começo', diz Paulinho da Força em ato de 1º de Maio

"Se o governo não entendeu, vai ter mais", afirmou o parlamentar

© Câmara dos Deputados / Zeca Ribeiro

Política DIA do TRABALHO 01/05/17 POR Folhapress

A greve geral de sexta-feira (28), "a maior paralisação da história do Brasil", pode ter sido só o começo, disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP).

PUB

"Se o governo não entendeu, vai ter mais", afirmou o parlamentar nesta segunda (1), na festa da Força Sindical para o Dia do Trabalho.

Presidente da Força, uma das maiores centrais sindicais do país, ele integra a base governista e foi um apoiador de primeira hora do impeachment de Dilma Rousseff (PT) -na votação da Câmara, fez uma paródia de "Para Não Dizer que Não Falei de Flores", de Geraldo Vandré ("Dilma, vai embora que o Brasil não quer você/Leve o Lula junto e os vagabundos do PT").Agora, junta-se a outras centrais historicamente alinhadas ao Partido dos Trabalhadores, como a CUT, no repúdio às reformas trabalhista e previdenciária defendidas pelo presidente Michel Temer.

Faria tudo de novo, disse. "Não me arrependo [de apoiar a saída de Dilma]. A crise é muito profunda, comeu 8,5% de R$ 6 trilhões de PIB nos últimos anos."Ele defende uma "reforma civilizada". O problema, segundo o deputado, é que "a crise deveria ser dividida", mas, do jeito que as reformas foram colocadas, "são os trabalhadores que pagam".

"Cadê a participação dos banqueiros? Sexta foi só o pontapé."

As propostas de Paulinho vão contra a maré governista. Ele sugere, por exemplo, que a idade mínima para se aposentar seja de 58 anos para mulheres e 60 para homens. A equipe econômica de Temer defende piso de 65 anos para todos.Em 2017, a Força realiza sua 20ª festa para o Dia do Trabalho.

O que esperar da comemoração: sorteio de 19 Hyundai HB20 0 km (para concorrer, bastava responder no cupom "qual é a central sindical que faz o maior 1º de Maio do mundo?"); sertanejos sensação, como Michel Teló e as duplas Maiara e Maraisa e Zezé Di Camargo e Luciano ("só tem top!", dizia o mestre de cerimônias); distribuição de trufas da Cacau Show; patrocínio de Hyundai, banco BMG e governo federal.

O que não esperar: convidados como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), estrelas da festa de 2015 e hoje num inferno astral político patrocinado pela Lava Jato.

O próprio Paulinho está na lista de investigados pelo Supremo Tribunal Federal.Entre as suspeitas que pairam sobre ele: segundo delação de ex-executivos, a Odebrecht bancou eventos do Dia do Trabalho organizados pela Força. Em troca de pagamentos, o sindicalista também teria ajudado a empreiteira a desmobilizar greves nas regiões Norte e Nordeste.

"Nenhum problema. Foi um patrocínio como o de qualquer outra empresa", afirmou Paulinho sobre o suporte financeiro da Odebrecht. (Folhapress)

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 21 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 13 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 21 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 21 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 19 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 19 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

fama LUAN-SANTANA Há 21 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento

brasil São Paulo Há 21 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

politica Investigação Há 13 Horas

Bolsonaro liderou, e Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, diz PF

mundo País de Gales Há 20 Horas

Jovem milionário mata o melhor amigo em ataque planejado no Reino Unido