Crise: 42% trocaram marca cara por mais barata

Além da grande parcela que substituiu marcas, em 2016, 22% dos brasileiros resistiram: compraram menos, mas mantiveram as marcas preferidas

© Reuters

Economia Supermercado 03/05/17 POR Estadao Conteudo

Dois anos seguidos de recessão mudaram a forma de o brasileiro consumir itens de alimentação, higiene e limpeza. Em 2016, 42% das famílias trocaram marcas caras pelas mais baratas e essa foi a saída número um apontada pelos consumidores para adequar o consumo à crise.

PUB

Os dados fazem parte da pesquisa de painel de consumo da consultoria Nielsen, apresentados na terça-feira, 2, na 33.ª edição da feira da Associação Paulista de Supermercados, a Apas Show. A consultoria visita quinzenalmente 8,2 mil lares no País.

"A fatia de domicílios que trocou de marca mais que dobrou em dois anos", disse Daniela Toledo, responsável pela área de varejo da Nielsen. Em 2014, quando o País entrava na recessão, 20% dos lares trocaram de marca. Ela ressaltou também que, em 2014, quando esse quesito foi levantado, essa era a 6.ª opção usada para economizar.

Além da grande parcela que substituiu marcas, em 2016, 22% dos brasileiros resistiram: compraram menos, mas mantiveram as marcas preferidas. Também 7% reduziram alimentação fora de casa e lazer e 5% diminuíram itens de vestuário.

Equilíbrio

Essa ginástica no consumo levou a um resultado inédito. Após dois anos de as famílias gastarem, em média, mais do que ganham, em 2016 as despesas ficaram equilibradas com a renda média de R$ 3.118. Para atingir esse patamar, em 2016 a renda média familiar caiu 12% e o gasto, 16%.

O ajuste mais forte ocorreu nas camadas de menor renda. A pesquisa mostra que a classe C, que impulsionou o consumo nos últimos anos, reduziu em 2016 em 1,2% o gasto em relação à renda. As classes D e E realizaram um corte de 0,8% nas despesas em relação ao orçamento, nas mesmas bases de comparação. Só a classe de maior renda (A/B) continuou gastando mais do que ganha.

Na média geral, a renda voltou ao nível de cinco anos atrás e o gasto caiu mais do que a inflação. Nos dois anos anteriores, as famílias gastavam mais do que tinham e, por isso, se endividavam.

Daniela disse que o ajuste deixou o consumidor mais criterioso na compra. Segundo a Apas, a receita real do setor deve crescer 1,5% este ano, embora tenha caído 1,5% no 1.º trimestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Realeza britânica Há 7 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

mundo Estados Unidos Há 8 Horas

Mangione se declara inocente das acusações de homicídio e terrorismo

fama Televisão agora mesmo

Fernanda Lima diz que Globo acabou com Amor e Sexo por ser progressista

fama Hollywood Há 21 Horas

Atrizes saem em defesa de Blake Lively em processo contra Justin Baldoni

fama Saúde Há 23 Horas

'Esteja presente para você e para quem ama', diz amiga de Preta Gil

fama Saúde Há 8 Horas

Preta Gil está acordada e conversando, mas segue na UTI, diz boletim médico

economia Bahia Há 7 Horas

Trabalhadores em condições análogas à escravidão são resgatados de fábrica da BYD

politica Justiça Há 8 Horas

Foragidos do 8/1 se frustram com Milei e ficam na mira da polícia na Argentina

fama Emergência Médica Há 20 Horas

Internado em SP, Gusttavo Lima deve receber alta em até 48 horas

esporte Televisão agora mesmo

CBF e Globo acertam contrato de exclusividade para transmissão da Supercopa até 2027