Pesquisadores criam mão artificial que 'vê' objetos que vai agarrar

Tecnologia conta com uma câmera incorporada que desencadeia uma série de movimentos; entenda

© DR

Tech Reino Unido 03/05/17 POR Lusa

 

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Investigadores criaram, no Reino Unido, uma mão artificial com uma câmera incorporada que, ao registrar a imagem de um objeto, permite a uma pessoa amputada pegar por exemplo num copo, revela um estudo hoje divulgado.

A mão biónica, desenvolvida por uma equipa coordenada por engenheiros biomédicos da universidade britânica de Newcastle, está equipada com uma câmera ligada a um computador que tira uma fotografia do objeto à sua frente, avalia a sua forma e o seu tamanho e desencadeia uma série de movimentos.

Ao contrário de outras próteses, que são manobradas a partir do olhar do utilizador para o objeto que quer movimentar, a nova mão biônica 'vê' e reage com movimentos, refere a universidade em comunicado, acrescentando que a câmera capta a imagem do objeto e envia um sinal à mão em milésimos de segundos.

A nova tecnologia, que funciona de forma mais rápida do que outras próteses, foi testada num pequeno número de amputados.

As mãos biônicas atuais são controladas por sinais mioelétricos (a atividade elétrica dos músculos que é registrada a partir da superfície da pele do coto).

Segundo um dos coautores do estudo, Kianoush Nazarpour, da Universidade de Newcastle, o uso deste tipo de próteses exige prática, concentração e tempo.

Agrupando objetos por tamanho, forma e orientação, o grupo de cientistas programou a mão artificial para executar quatro diferentes maneiras de agarrar os objetos, desde o agarrar num copo ou num comando de televisão até ao pegar num pitada de sal.

O trabalho, cujos resultados foram publicados hoje na revista Journal of Neural Engineering, é parte de um projeto de investigação mais amplo para criar uma mão biónica que possa sentir a pressão e a temperatura e transmitir informações de volta para o cérebro.

A ideia é desenvolver dispositivos eletrônicos que se liguem às redes neuronais do antebraço para permitir comunicações bidirecionais com o cérebro. Estes dispositivos poderiam ser aplicados às mãos artificiais já existentes, sem custos adicionais com novas próteses.

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