Estado Islâmico pede atentados contra Macron e Le Pen

Manifestantes jogaram ovos na candidata na Catedral de Reims

© Reuters 

Mundo França 06/05/17 POR ANSA

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) lançou um apelo para seus simpatizantes assassinarem os dois candidatos à Presidência da França, Emmanuel Macron e Marine Le Pen, durante as eleições do próximo domingo (7).

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+ Às vésperas das eleições, Macron amplia vantagem sobre Le Pen

Além disso, o EI pede para jihadistas atacarem os locais de voto. "Não se esqueçam de seus deveres de muçulmanos, escolham um candidato para matar e um colégio para incendiar", diz o apelo, que está em uma edição em francês da revista de propaganda da milícia, a "Rumiyah", difundida nesta sexta-feira (5).

A publicação foi divulgada pelo "Site", portal que monitora a atividade de extremistas na Internet, e deve aumentar o alerta para as eleições de 7 de maio. O Estado Islâmico também cobra que todos os muçulmanos na França boicotem a votação, já que isso seria uma aceitação do "sistema democrático idólatra".

"Vocês elegeriam uma falsa divindade que seria colocada em pé de igualdade com Deus em matéria de legislação e julgamento", diz a revista.

Em 20 de abril, três dias antes do primeiro turno, um atentado reivindicado pelo EI já havia deixado um policial morto na avenida Champs-Élysées, em Paris, mas a votação acabou transcorrendo sem problemas, apesar do clima de tensão e preocupação. Pouco antes, a Polícia já tinha prendido dois suspeitos de planejarem atentados nas eleições.

Na reta final da campanha, os candidatos tiveram seus esquemas de segurança reforçados por conta da ameaça terrorista. A França é o país da Europa que mais sofreu com ataques jihadistas nos últimos anos, incluindo o massacre na redação do jornal "Charlie Hebdo", que matou 12 pessoas em janeiro de 2015, e a série de atentados em Paris em novembro do mesmo ano, que fez 130 vítimas.

Todas essas ações foram reivindicadas pelo Estado Islâmico, que também se diz responsável pela morte de 86 pessoas em 14 de julho de 2016, em Nice, e pelo degolamento de um padre católico no fim do mesmo mês, em Saint-Étienne-du-Rouvray. O país é um dos membros mais ativos da coalizão internacional que combate o EI no Oriente Médio e abriga uma importante comunidade muçulmana. (ANSA)

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