© Marco Bello / Reuters
Mais duas pessoas morreram nesta sexta-feira (5) após serem baleados em protestos na Venezuela, elevando para 37 o número de óbitos na onda de manifestações contra o presidente Nicolás Maduro, iniciada em abril.
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Hecder Lugo, 20, foi baleado na cabeça em um ato opositor em San Diego, no Estado de Carabobo (a 167 km de Caracas), na quinta (4). Ele foi levado gravemente ferido ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
O Ministério Público investiga a morte. Ainda não se sabe quem foi o responsável pelos disparos. Lugo é a quinta pessoa a morrer na série de protestos violentos e saques ocorridos em Carabobo desde a terça-feira (2).
Um policial estadual foi baleado na quarta (3) e morreu horas depois na cidade de San Joaquín e mais duas pessoas perderam a vida ao baterem em uma barricada montada na terça (2) perto da capital do Estado, Valencia.
Também morreu nesta madrugada Miguel Medina, 20. Ele estava na UTI desde que foi atingido na barriga por um disparo de arma de fogo enquanto participava de um protesto contra o governo em Pomona, no oeste do país.
A ONG Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais contesta a contagem do Ministério Público e adiciona quatro pessoas à conta —todas mortas nos saques e protestos de 20 de abril no bairro caraquenho de El Valle.
Outras 717 pessoas ficaram feridas e mais de 1.700 foram presas até quinta, segundo o Fórum Penal Venezuelano. A entidade afirma que, destas, 411 esperam ser liberadas pela Justiça e 185 estão em prisão preventiva.
OEA
Nesta sexta, o embaixador colombiano na OEA, Andrés González Díaz, disse à agência de notícias Efe que a reunião de chanceleres da organização sobre a crise na Venezuela será dia 22 em Washington.
A aprovação do encontro foi o estopim para que o governo chavista decidisse tirar o país caribenho da organização. Maduro acusa a OEA de intervencionismo e organizar um golpe de Estado com a ajuda dos EUA.
Horas antes, a vice-porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee, disse que algumas das ações na Venezuela "são deploráveis e [a crise no país] é algo que estamos seguindo muito de perto". Com informações da Folhapress.
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