© Eric Gaillard / Reuters
A afluência às urnas no segundo turno das eleições presidenciais na França foi de 28,23% até o meio-dia (horário local), uma pequena queda em relação aos 30,66% registrados no pleito de 2012.
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Já a participação do eleitorado no primeiro turno deste ano foi de 28,54% até as 12h00. O número deste domingo (7) indica que não haverá uma abstenção em massa, como esperavam os aliados da ultranacionalista Marine Le Pen, cujos apoiadores são mais mobilizados que os do centrista Emmanuel Macron.
O ponto fora de curva é o departamento de Seine-Saint-Denis, vizinho a Paris e onde o esquerdista Jean-Luc Mélenchon havia conquistado uma ampla vitória 14 dias atrás. O candidato derrotado não declarou voto em Macron ou Le Pen, e a afluência no departamento ao meio-dia era de apenas 19,54%.
Favorito, o centrista votou em Touquet-Paris-Plage, no norte da França, acompanhado de sua esposa, Brigitte. Do lado de fora do colégio eleitoral, o ex-ministro das Finanças foi cumprimentado por eleitores aos gritos de "Macron presidente".
Já Le Pen votou em Hénin-Beaumont, também no norte do país, pouco depois de um protesto do movimento Femen contra sua candidatura. Cinco ativistas subiram em um andaime com os seios de fora, acenderam sinalizadores e estenderam uma faixa com os dizeres "Marine no poder, Marianne em desespero", em referência à figura alegórica que representa o espírito republicano francês.
Além disso, a ultranacionalista foi criticada pelo próprio pai, Jean-Marie Le Pen, com quem rompera em 2015 devido ao posicionamento negacionista do fundador da Frente Nacional. "Marine tem caráter, não posso negar, mas para ser presidente é preciso outras qualidades", disse Jean-Marie ao jornal britânico "The Sunday Times".
Segundo o diário belga "Le Soir", Macron já lidera a apuração nos territórios ultramarinos e no exterior, que costumam pender para a esquerda. As urnas na França metropolitana ficam abertas até as 20h (15h em Brasília).
Segurança
Um alarme falso provocou a evacuação da esplanada em frente ao Museu do Louvre, em Paris, onde está programada a festa de Macron em caso de vitória, no início da tarde. O alerta foi deflagrado por uma bolsa suspeita deixada perto da sala de imprensa do local, mas nada foi encontrado. (ANSA)
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