© Virada Cultural - Oficial
A Virada Cultural de São Paulo transferiu os grandes shows que aconteciam em todo o centro da cidade para palcos montados em cinco regiões: o Sambódromo, o Parque do Carmo, o Autódromo de Interlagos, a Chácara do Jockey e a Praça do Campo Limpo. Alegando questão de segurança e de valorização da arte de forma geral, a prefeitura promete montar tablados no centro da cidade para apresentações menores. A edição deste ano está marcada para os dias 20 e 21 de maio.
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“Para garantir e assegurar conforto, segurança e deslocamento das pessoas na área central da cidade, ao invés dos grandes palcos, teremos vários palcos. Não gigantes, mas tablados, em diversas áreas da cidade”, disse o prefeito da cidade, João Doria.
Neste ano, a Virada Cultural contará com 900 atrações, em 100 locais espalhados por toda a cidade, em 30 das 32 subprefeituras (com exceção da Vila Prudente e de São Miguel). O evento terá início às 18h de sábado (20) e terminará às 18h de domingo (21).
“Como os circuitos são contínuos, você sempre tem luz e vida. E evita, o que antes acontecia, de ter um palco aqui, outro ali e ter zonas sombrias que diminuíam a segurança. Quisemos, com isso, distribuir o público. Não teremos grandes palcos, com grandes concentrações. Mas a ideia central é que a pessoa venha passear no centro da cidade e venha participar de uma programação cultural diversa”, disse André Sturm, secretário municipal de Cultura. “O que a gente quer é que a pessoa que veio para a Virada para assistir a um espetáculo vá de encontro com artistas que ela não conhece, nunca ouviu falar, mas que são interessantes, criativos e talentosos”, acrescentou o secretário.
“As pessoas terão que se deslocar da mesma maneira com que se deslocavam [nas edições anteriores]. Espalhamos os palcos pelos quatro cantos da cidade. Portanto, mais perto que o centro e em todas as regiões da cidade. Em todos esses locais terá grandes shows, com artistas conhecidos e de fama. Quem apenas quiser ver grandes shows terá acesso a esses locais mais perto de sua casa”, disse o secretário, acrescentando que a ideia este ano foi recuperar o projeto inicial da Virada Cultural, de que as pessoas possam conhecer o centro paulistano.
Outra novidade deste ano serão os cortejos cênicos, com artistas variados, passando pelo centro. Também haverá intensa programação nos equipamentos municipais como teatros, centros culturais, bibliotecas e casas de cultura.
Segundo o curador da Virada Cultural, Hugo Possolo, a ideia do evento deste ano foi melhorar a relação com a cidade, promovendo uma visão mais afetuosa e interativa. “Já havia tentativas em curadorias anteriores de buscar esse espírito de interação, tratando a cidade de maneira com que ela fosse a protagonista da Virada, e não que o protagonismo estivesse com os grandes artistas. Conseguiu se atender [este ano] de maneira maior e mais intensa essa demanda expressiva da cidade. Diria que, neste ano, 75% da programação é feita por chamamento. Somente o restante foi por indicação curatorial. Tiramos uma ideia clientelista para ser uma ideia mais abrangente e democrática”, disse o curador.
Grandes shows
Entre os grandes shows deste ano estão as cantoras Daniela Mercury e Fafá de Belém e o grupo Olodum, que se apresentarão no Sambódromo. Também haverá shows com Erasmo Carlos, Mano Brown, Liniker, Gretchen, É o Tchan, Roberta Miranda e Molejo espalhados pela cidade. O Consulado Geral de Portugal, que vai participar da Virada Cultural, vai trazer o cantor português Camané para o encerramento da festa, no Theatro Municipal.
As crianças, por sua vez, terão novamente uma programação especial, com a Viradinha, que ocorrerá na Biblioteca Monteiro Lobato, na Chácara do Jockey, no Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes, no Largo do Rosário e demais espaços da cidade.
Orçamento
O orçamento da Virada deste ano é menor do que no ano passado, informou o prefeito. Em 2016, o orçamento do evento foi estimado em R$ 15 milhões. Neste ano será de R$ 13 milhões, com o maior patrocínio feito pelo banco Bradesco, no valor de R$ 2 milhões. “A orientação foi fazer melhor, gastando menos e com mais participação privada”, disse Doria.
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