© Ricardo Stuckert / Instituto Lula
Após analisar novas provas colhidas com lobistas investigados na Operação Zelotes, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Lula, nesta segunda-feira (15), sob suspeita de corrupção passiva em esquema envolvendo a compra de medidas provisórias, que teria movimentado R$ 6 milhões, destinados ao PT. Além dele, outras 12 pessoas serão alvo de investigação do Ministério Público.
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“Cabe destacar o destino dos R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), que segundo o documento seria 'seis mi (para a campanha)', ou seja, o valor seria para abastecer campanha de Partido Político, provavelmente por meio de 'caixa 2', a exemplo do que foi muito observado e comprovado ao longo das investigações da 'Operação Lava Jato'”, diz o texto do relatório.
Os indícios que comprometem o petista são anotações de reuniões, trocas de e-mails e encontros de Lula com o lobista Mauro Marcondes, que começaram a partir de 2009, quando Lula era presidente.
Segundo informações do portal G1, o caso é sobre a edição da MP 471, a chamada MP do Refis, que estendeu a vigência de incentivo fiscal às montadoras e fabricantes de veículos instalados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O incentivo seria extinto em 31 de março de 2010 , mas foi prorrogado até 31 de dezembro de 2015.
O ex-presidente nega as acusações. A assessoria dele alega que Lula não cometeu nenhum ato e ilícito e que isso faz parte do "lawfare", que "consiste na utilização da lei e dos procedimentos jurídicos como verdadeiras armas de guerra para a obtenção ou bloqueio de resultados políticos".
O ex-presidente Lula já é reu em ação penal da Zelotes acusado de beneficiar empresas entre 2013 e 2015, quando já tinha deixado a Presidência.
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