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Seis jornalistas foram assassinados nos últimos cinco meses no México. A sexta vítima é o premiado Javier Valdez Cárdenas, correspondente do jornal "La Jornada" e da agência de notícias France Presse. Ele foi morto a tiros, nesta segunda-feira (15), ao sair da redação do semanário "Ríodoce" , o qual ajudou a fundar.
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Dados da ONG britânica Article 19, que acompanha crimes cometidos contra profissionais do jornalismo, relata que em 2016 foram 11 mortos. Considerando os nos últimos 17 anos, o índice é de 105 repórteres assassinados, 25 desaparecisos e mais de 200 agredidos.
Com o número, o México se torna o país mais perigoso para exercer a função de jornalista. A ONG conta, conforme a Folha de S.Paulo, que a maioria dos crimes, morte e sequestro, foram cometidos contras profissionais que investigavam cartéis ou políticos acusados de associação com o tráfico de drogas. Justamente o caso de Valdez, que escreveu livros sobre o narcotráfico, como "Huérfanos del Narco" e "Narcoperiodismo".
Presidente do México, Enrique Peña Nieto lamentou o assassinato pelo Twitter e informou que a Procuradoria Nacional apoiará as autoridade da região de Sinaloa na investigação. Em março, outros três profissionais foram mortos, entre eles Miroslava Breach, do jornal "El Norte" - baleada com oito tiros ao levar o filho para a escola, em Chihuahua.
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