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A defesa do presidente Michel Temer ingressou na tarde deste sábado (20) no STF (Supremo Tribunal Federal) com pedido de suspensão de inquérito aberto contra o peemedebista por corrupção, obstrução de justiça e formação de organização criminosa.
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A petição foi apresentada pelo escritório do advogado criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira, amigo do presidente. Nela, é questionada a validade de gravação feita pelo empresário Joesley Batista em conversa com o peemedebista.
Para a defesa do presidente, o áudio apresenta falhas e foi adulterado, o que compromete as acusações feitas contra o peemedebista. O argumento é que a investigação não pode prosseguir enquanto não for analisada a validade da gravação.
Em pronunciamento, neste sábado (20), o presidente afirmou que a gravação foi "fraudulenta e manipulada" e atacou o delator Joesley Batista, da JBS.
"Ele cometeu o crime perfeito. Enganou os brasileiros e agora mora nos Estados Unidos. Quero observar a todos vocês as incoerências entre o áudio e o teor do depoimento. Isso compromete a lisura de todo o processo por ele desencadeado", criticou.
Temer chamou de "pífia" a acusação de corrupção pela qual é investigado no STF e disse que continuará à frente do governo.
Ele iniciou a sua fala citando reportagem da Folha em que Ricardo Caires dos Santos, perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, aponta em laudo que a conversa entre Temer e Joesley sofreu mais de 50 edições.
"E registro que eu li hoje notícia do jornal Folha de S.Paulo de que a perícia constatou que houve edição do áudio de minha conversa com o senhor Joesley Batista. Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos", disse. Com informações da Folhapress.