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Parlamentares ligados a Aécio Neves aconselharam o senador a recorrer à Mesa do Senado contra a liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que determinou a suspensão do seu mandato.
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Segundo informações da Folha de S. Paulo, esta seria uma forma de ele se manter no cargo, já que a Mesa poderia alegar que não há previsão constitucional para a suspensão.
Para tentar convencer o senador, seus aliados devem se reunir com ele, ainda esta semana.
Um deles chegou a afirmar à colunista Mônica Bergamo que, em "nenhum lugar do mundo", um parlamentar seria afastado nessas condições, "muito menos por meio de liminar".
A ideia, no entanto, não é consenso no Senado. Parlamentares da oposição consideram que a Casa passaria vergonha se tentasse reverter a decisão do STF, diante da gravidade das denúncias contra o tucano, que foi flagrado em grampo telefônico no âmbito de delação premiada da Operação Lava Jato, pedindo R$ 2 milhões a donos do frigorífico JBS.
A tática planejada não é inédita, em 2006, o Senado adotou procedimento semelhante ao que é articulado agora, quando ignorou decisão do ministro Marco Aurélio Mello e decidiu manter o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência da Casa.
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