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A endometriose é uma das principais causas que levam à infertilidade. A doença, que segundo estimativa pode afetar até 7 milhões de brasileiras, ocorre quando o endométrio, tecido que reveste a parede interna do útero, é implantado fora do órgão. Estudos mostram que ela está presente em 10% a 15 % das mulheres em idade reprodutiva e até 50% daquelas com infertilidade. Mas o problema pode ser superado se for tratado.
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“É importante conhecer e suspeitar da doença, tentando identificá-la precocemente para instituir o tratamento mais adequado a cada caso”, orienta a radiologista Luciana Cristina Pasquini Raiza, médica responsável pela ultrassonografia geral do RDO Diagnósticos Médicos. Para isso, o diagnóstico por imagem, como a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal, é essencial na avaliação da doença. “Os métodos de imagem têm evoluído bastante, permitindo estimar a extensão e localização da doença, auxiliando no tratamento e no planejamento cirúrgico, quando necessário.”
O que é a doença
Caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, a endometriose tem três tipos: superficial, profunda e endometrioma (forma ovariana). A Dra. Luciana explica que os exames de imagem são capazes de identificar com precisão a forma ovariana e a endometriose profunda. A superficial é apenas identificada pela cirurgia.
Os sintomas
Os principais sintomas são dismenorreia (cólica menstrual), dor pélvica crônica (dor pélvica não relacionada ao ciclo menstrual há pelo menos 6 meses), dispareunia de profundidade (dor durante a relação sexual no fundo da vagina), alterações intestinais e/ou urinárias cíclicas, ou seja, que ocorrem durante o período menstrual. “A causa da endometriose ainda não é bem estabelecida, sendo assim não há também prevenção”, afirma a Dra. Luciana.
O diagnóstico
Os principais exames para avaliação da endometriose são a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética. “Ambos vão identificar lesões de endometriose profunda. No entanto, a ultrassonografia é melhor que a ressonância magnética na detecção principalmente das lesões intestinais e de pequenas lesões. A ultrassonografia tem boa capacidade na detecção das lesões nos principais sítios acometidos da pelve, que são a região atrás do útero, ovários, intestino e bexiga”, conclui a radiologista.