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Na contramão dos grandes bancos de capital aberto do país, a Caixa Econômica Federal expandiu sua carteira de crédito no primeiro trimestre e aumentou suas despesas para cobrir possíveis calotes - mesmo prevendo queda na inadimplência.
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O lucro líquido do banco público avançou 81,8% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 1,49 bilhão. Ante o último trimestre de 2016, a alta foi de 115,2%.
A margem financeira (receita gerada principalmente com empréstimos) foi de R$ 12,6 bilhões, alta de 9,3% em um ano e de 6,9% na comparação com o trimestre anterior.
A carteira de crédito expandiu 4,5% em um ano e terminou o mês de março em R$ 715 bilhões. Na comparação com dezembro, o crescimento foi marginal, de 0,8%. Os responsáveis pelo aumento foram concessões para infraestrutura, compra da casa própria e crédito consignado.
No entanto, a Caixa precisou ampliar suas reservas para cobrir possíveis calotes. Essa despesa somou R$ 5,2 bilhões, alta de 36% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Na comparação com o último trimestre de 2016, o incremento foi de 4,78%.
A Caixa atribui a alta expressiva a uma diminuição dessa despesa há um ano, quando fez uma cessão de carteira de crédito. No entanto, no primeiro trimestre do ano passado os bancos ainda aumentavam provisões para cobrir possíveis calotes de grandes empresas em meio ao agravamento da crise econômica.
A inadimplência acima de 90 dias caiu para 2,83% em março. Há um ano, era de 3,51%. Atrasos na carteira comercial pessoa física ainda são de 5,75%, enquanto os empréstimos a empresas têm calotes de 4,71%.
DESPESAS
O banco público registrou aumento de 17,2% nas despesas de pessoal, a R$ 5,9 bilhões. O número foi impactado pelo programa de demissão voluntária aberto pelo banco no primeiro trimestre.
A Caixa esperava dispensar 10 mil trabalhadores, mas a adesão foi de 4.429 funcionários. Com informações da Folhapress.
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