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O presidente da colônia de pescadores de Angra dos Reis, Alexandre de Castro, se queixou que até o momento nenhuma autoridade se reuniu com os pescadores para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. "A espuma é muito densa, e os peixes não circulam nos locais onde ela está concentrada. A renda dos pescadores aqui da região depende única e exclusivamente da pesca, e nós estamos sendo muito prejudicados. Esperamos uma explicação ou justificativa, para entendermos o que está ocorrendo", contou.
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A Eletrobrás/Eletronuclear informou em nota publicada em seu site que o fenômeno não tem qualquer relação com as atividades da empresa e que o mesmo fenômeno ocorreu em Mooloolaba, na Costa Leste da Austrália, e em Aberdeen, no Norte da Escócia.
De acordo com a empresa, os estudos do Inea constataram que "se trata de um feito natural, que ocorre praticamente todos os anos também na costa brasileira e que, neste ano, alcançou grandes proporções devido às condições oceanográficas e meteorológicas".
A Eletrobras/Eletronuclear disse que, atualmente, há uma expansão da quantidade de nutrientes no mar que servem de alimento para diversos tipos de microalgas marinhas, provocando uma grande proliferação delas, que se agrupam em massas. Essas massas de microalgas são “quebradas” quando há turbulência das massas d’água, como ocorre nas ressacas. O fenômeno é potencializado por fatores físicos como a turbulência do mar e o vento.
A empresa informou também que, para a refrigeração das usinas Angra 1 e Angra 2, há necessidade de captação de água do mar em Itaorna, que é retornada ao meio ambiente no Saco Piraquara de Fora sem qualquer contato com o sistema radioativo das usinas durante a circulação no sistema.
A estatal estimou que a espuma orgânica vai permanecer na região enquanto permanecerem as condições ambientais, e que não ocorreu nenhuma mudança ou alterações nos processos operativos das usinas, mesmas no período de ocorrência dessa espuma.