© Adriano Machado/Reuters
Depois da delação de Joesley Batista, que entregou aos investigadores da Lava Jato gravação de conversa entre ele e Michel Temer, onde o presidente ouve o empresário falar sobre as tentativas de atrapalhar a força-tarefa, inclusive por meio da compra de um procurador, o clima entre o PMDB e o PSDB está indefinido.
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Embora ainda não tenham anunciado a saída do governo, os tucanos, segundo articuladores em Brasília, estão receosos com os rumos que a situação está tomando, principalmente após as últimas reações nas ruas e, nessa quarta-feira (24), em Brasília.
Já o partido do presidente acusa os tucanos de conspiração. O nome do atual presidente do PSDB, Tasso Jereissati, inclusive, tem circulado nos bastidores como possível saída, em caso de queda de Michel Temer e de eleição indireta.
O cearense assumiu o comando da sigla após o senador Aécio Neves perder o cargo após ser citado pelos delatores da JBS como "propineiro".
Certo é que, nesta quinta-feira (25), Jereissati começa a percorrer os Estados do país em que sua sigla elegeu governadores e prefeitos para questioná-los sobre o desembarque, ou não, do governo, de acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Geraldo Alckmin e João Doria, em São Paulo, serão os primeiros.
Mesmo preso, o ex-deputado pelo PMDB Eduardo Cunha não acredita que Temer renuncie, posição contrária a do ex-presidente José Sarney, também do partido do presidente, que avalia que Temer está em um beco sem saída. O PSDB é também parece enxergar o fim como iminente.
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