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Desde então, aviões norte-americanos e japoneses foram identificados sobrevoando a área e a China chegou a enviar aeronaves de combate ao local. De acordo com comunicado da Casa Branca, na visita à Pequim, Biden vai abordar “áreas de preocupação, incluindo tensões regionais”.
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A viagem, que ainda inclui passagens ao Japão e à Coreia do Sul, foi planejada para reforçar o papel dos Estados Unidos como potência do pacífico e sublinhar o compromisso norte-americano de reequilibrar a política externa do país na Ásia, informou o comunicado. O avião do vice-presidente, o Air Force Two, partiu de Washington na tarde de ontem (1º) e deverá retornar no próximo sábado (7).
Hoje, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, informou que a China entrou em contato com os países potencialmente afetados pela zona de defesa. "A China se comunicou com os esses países e pediu que eles entendam as legitimas preocupações da China em segurança e o direito [do país] à defesa", disse Hong Lei.
Segundo ele, a zona não é direcionada a nenhum país em específico – especialmente mencionando o Japão, que recentemente reclamou do estabelecimento da zona por atingir as Ilhas Senkaku/Diaoyu, disputadas por chineses e japoneses. O porta-voz ainda pediu que o Japão pare de rejeitar contato com a China, de criar atritos e de minar a estabilidade regional, de forma a evitar a deterioração das relações bilaterais.
Para o porta-voz, o Japão não tem o direito de questionar as intenções da China, já que estabeleceu uma zona de defesa aérea na década de 1960 que também cobria as ilhas em disputa.
A tensão na área do Pacífico – especialmente com o Japão, os Estados Unidos e a Coreia do Sul, se intensificou na última semana depois que a China anunciou o estabelecimento da zona de proteção aérea. De acordo com as regras da zona de defesa, todos os aviões que sobrevoarem a área têm de se identificar às autoridades da China, apresentar planos de voo e manter contato durante o sobrevoo.