© Antonio Cruz/Agência Brasil
A bancada do PMDB deve se reunir na próxima terça-feira (30) para discutir a liderança do partido, diante das posições críticas do atual "cabeça" da sigla, senador Renan Calheiros (AL). Ele, no entanto, insiste que a legenda sempre conviveu com opiniões divergentes.
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"PMDB nunca foi uma partido uníssono, o PMDB é um partido democrático. O PMDB não tem dono. A interpretação do que cada um pensa é sempre muito difícil, mas muito mais difícil é querer construir um pensamento único no partido, em um momento dramático nacional".
Já o senador Garibaldi Alves (PMDB–RN) argumento que as resistências de Renan Calheiros às reformas do governo não representam o pensamento da maioria da bancada. As informações são da Agência Senado.
"Foram feitas ponderações e há descontentamento da bancada no momento em que ele emite uma opinião contra as reformas, e a bancada se colocou majoritariamente a favor da reformas", disse.
A senadora Rose de Freitas (PMDB–ES) negou que defenda a saída de Renan Calheiros da liderança, mas ponderou que, para continuar no cargo, ele deverá deixar de lado os posicionamentos pessoais.
"Ao menos que ele decida representar o pensamento da maioria. Agora se ele quiser colocar em prática o pensamento dele, acho que ficará difícil", considerou.
O líder do PMDB no governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR) destacou que não há nenhuma retaliação por parte do presidente Michel Temer a Renan. "Não se trata de governo, se trata da bancado do PMDB no Senado. É isso que a gente precisa discutir e é isso que a gente vai discutir".
Dezessete dos 22 senador do partido se reuniram com o presidente Michel Temer, que se explicou sobre as delações da JBS e pediu apoio da bancada às reformas trabalhista e previdenciária.
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