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Em pouco mais de três meses, Lucas Pratto já se tornou um dos líderes dentro do elenco e assumiu a braçadeira de capitão. Sem polêmicas e com uma postura discreta, o centroavante argentino se firmou perante os colegas e a comissão técnica não só pelos nove gols marcados nas 16 partidas disputadas com a camisa tricolor.
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Antes e depois do clássico com o Palmeiras, no sábado, por exemplo, o jogador deu uma demonstração de como gosta de agir com os companheiros. No vestiário, antes de a bola rolar, os jogadores fazem uma roda e o capitão costuma discursar. Pratto, ao contrário do que se poderia esperar, conversou com os colegas e disse que como o São Paulo contava com vários líderes, cada vez um iria falar. Na sequência, deu a palavra para o zagueiro Maicon, que, coincidentemente, começou a temporada como capitão. O atacante já avisou que pretende repetir a estratégia em outras partidas da equipe.
Quando o árbitro apitou o fim do jogo, o argentino, que tinha feito um gol e dado uma assistência para Luiz Araújo, era o mais procurado para falar com a imprensa. Em vez de assumir o protagonismo, ele preferiu não dar entrevista para deixar que os mais jovens tivessem o seu momento de exposição.
Durante os jogos, o camisa 14 é, desde que chegou ao clube, um dos principais responsáveis por pegar os recados de Ceni. Contra o Defensa y Justicia, na Argentina, por exemplo, até bilhete com instruções o treinador enviou para o atacante.
No auge da crise, com três eliminações consecutivas [Copa do Brasil, Campeonato Paulista e Copa Sul-Americana], ele não fugiu da responsabilidade. O argentino deu entrevista coletiva e falou que não se arrependia de ter trocado o Atlético-MG pelo São Paulo. Além disso, convocou os companheiros para discutir o momento e estudar possibilidades de como ajudar o treinador Rogério Ceni.
De quebra, até mesmo garoto-propaganda ele virou. Quando o clube fechou o seu patrocínio master com o banco Intermedium, ele apresentou a camisa nova do time nas redes sociais. Por essas razões, Pratto passou a ser visto como exemplo no São Paulo. Até o diretor executivo de futebol, Vinicius Pinotti, já declarou em algumas oportunidades que gostaria de ver os outros jogadores agirem como argentino no dia a dia. Com informações da Folhapress.