© Reprodução / TV Globo
Um dos sobreviventes da chacina que deixou cinco mortos e três feridos em dois bares da Vila São João, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (1º), revelou ter ouvido mais de 30 tiros disparados por quatro homens. A testemunhas suspeitam que as execuções tenham sido feitas por policiais que integram um grupo de extermínio.
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"Foram mais de 30 tiros. (...) O estranho é que momentos antes e depois da chacina passaram viaturas da Polícia Militar na frente dos bares", disse uma fonte ao G1 na condição de anonimato.
Contudo, a principal hipótese investigada pela Polícia Civil é de acerto de contas entre traficantes.
As vítimas do ataque foram:
Maria da Conceição de Jesus Alves, de 55 anos; Alecsandro de Jesus Alves, de 37 anos; Adelson Leite da Silva, de 24 anos; Vanderlei Cavalcante Ramos Melo, de 35 anos; John Lennon Pires de Carvalho, de 26 anos.
O boletim de ocorrência informa que os três feridos (um homem de 27, outro de 28 e um terceiro de 31 anos) levaram, ao todo, 11 tiros.
De acordo com a testemunha, que tem passagens pela polícia, uma viatura da PM passou pelo local pouco antes da chacina. Em seguida, surgiram a pé os quatro homens armados, que atiraram em pessoas que estavam dentro e fora dos bares. Eles fugiram em carros que os esperavam.
É claro que suspeito que deve ter policial militar envolvido nessa chacina. Muita coincidência eles aparecerem logo após um carro da PM passar. E aparecerem 30 segundos depois da chacina para oferecer ajuda. (...) Deve ser um grupo de extermínio formado por policiais militares."
O irmão do ajudante-geral Adelson Leite da Silva, que morreu no local, também disse ao G1 que desconfia da participação da polícia. "Não é a primeira vez que alguém morre na frente desse bar. Há uns seis meses ou sete um rapaz chamado Eduardo, vulgo Gordinho, também foi executado e a comunidade acha que possa ter PM envolvido", contou.
O motivo da chacina, segundo o sobrevivente, seria o fato de algumas das vítimas terem passagens criminais e os policiais quererem "limpar a região de quem já cometeu crimes no passado".
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