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As ondas gravitacionais, deformações no espaço-tempo teorizadas por Albert Einstein, foram detectadas pela terceira vez em resultado, novamente, da colisão de dois buracos negros, mas a uma distância maior da Terra.
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Os resultados da nova detecção, feita no dia 04 de janeiro pelo Observatório de Interferometria Laser de Ondas Gravitacionais (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory, LIGO, na sigla em inglês), são descritos num artigo que foi aceito para publicação na revista da especialidade Physical Review Letters, refere em comunicado o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Segundo os astrônomos, trata-se das ondas gravitacionais mais distantes que já foram detectadas, uma vez que os buracos negros que colidiram estavam a três bilhões de anos-luz (nas primeira e segunda detecções de ondas gravitacionais, os buracos negros que chocaram estavam, respetivamente, a 1,3 e 1,4 bilhões de anos-luz).
A fusão de dois buracos negros, que dá origem a um buraco negro muito maior, produz mais energia do que a que é emitida como luz por todas as estrelas e galáxias no Universo. Um buraco negro é uma região da qual nada, nem mesmo a luz, pode escapar, sendo por isso invisível.
As ondas gravitacionais, previstas há mais de 100 anos na Teoria da Relatividade Geral, do físico Albert Einstein, foram detectadas pelo LIGO pela primeira vez em setembro de 2015 e uma segunda vez em dezembro do mesmo ano.
O LIGO é composto por dois detectores idênticos, que têm a forma de tubos com espelhos nas extremidades, situados a 3.000 quilômetros um do outro, nos Estados Unidos, sendo cooperados pelo MIT.
A equipe de investigadores que trabalha no LIGO admite como hipótese que os dois buracos negros que estão na origem da terceira detecção de ondas gravitacionais não estão alinhados, pelo que se terão juntado no centro de um denso aglomerado de estrelas. Com informações da Lusa.