© Handout . / Reuters
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (1) que a nova Constituição do país, que será redigida pela Assembleia Constituinte convocada por ele, será submetida a um referendo.
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"Ao final do processo, com certeza vou propor de maneira expressa, aberta e taxativa. A nova Constituição sairá a referendo consultivo para que seja o povo que diga se está de acordo com a nova Constituição reforçada ou não está de acordo", disse o presidente durante uma reunião em seu gabinete no Palácio de Miraflores.
Para o mandatário venezuelano, a eleição de uma Assembleia Constituinte serviu para alcançar a "paz" no país, que atualmente vive uma grave crise política e econômica. No entanto, a oposição considera o ato uma "fraude constitucional" para evitar eleições antecipadas.
"Não é a primeira vez e nem será a última que surgirão traidores e sua traição começa com sua vacilação sobre a necessidade de processos transformadores", disse Maduro sobre setores do governo que rejeitam a Constituinte, especialmente a procuradora-geral, Luisa Ortega.
Ontem, Ortega interpôs uma ação legal contra a Assembleia Nacional, depois que a Suprema Corte autorizou sua convocação sem um referendo. Chavista declarada, ela questionou que tenha sido o próprio Maduro a convocar diretamente a Constituinte.
"Igualmente solicitamos o esclarecimento de se a democracia perdeu vigência", acrescentou a procuradora-geral.
Os rivais de Maduro rejeitam a mudança da Constituição desde seu anúncio. Para eles, trata-se de um golpe para aumentar os poderes do chavista e ilegalizar a oposição, transformando o governo em uma ditadura. (ANSA)
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