© Thomas White / Reuters
Sete países árabes anunciaram nesta segunda-feira (5) que cortaram as relações diplomáticas com o Catar após o país anunciar apoio a grupos terroristas. O movimento foi iniciado pelo Egito, Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos, seguidos pelo Iêmen, Líbia e Maldivas. Cidadãos do Catar têm 14 dias para deixar estes países, que devem fechar as suas fronteiras nas próximas 24 horas.
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De acordo com uma agência de notícias estatal da Arábia Saudita, os portos de entrada entre o país e o Catar já foram fechados para "proteger a segurança nacional dos perigos do terrorismo e do extremismo".
Diplomatas dos Emirados Árabes devem deixar o Catar nas próximas 48 horas. Abu Dahbi acusa Doha de dar suporte ao terrorismo, extremismo e dar voz a organizações sectárias.
No final do mês passado, como lembra o G1, alguns países árabes já haviam bloqueado meios de comunicação do Catar, incluindo a rede Al Jazeera. A medida aconteceu após comentários feitos pelo emir Sheikh Tamim Al Hamad Al Thani, que saudou o Irã como um "poder islâmico" e criticou a política do presidente dos Estados Unidos Donald Trump em relação à Teerã.
As relações diplomáticas entre os países foram cortadas poucos dias após a visita de Trump à região. O republicano esteve na capital da Arábia Saudita e fez um discurso histórico a 55 líderes muçulmanos de incentivo ao aumento dos esforços para combater o terrorismo.
Rex Tillerson, o secretário de Estado dos EUA, acredita que a decisão de isolar o Catar pode ter um efeito significativo na luta contra o terrorismo. Já um alto funcionário do Irã afirma que a medida não ajudaria a acabar com a crise no Oriente Médio.
Para o ministro do exterior do Catar, a decisão das nações de cortar laços diplomáticos com o país é 'injustificada' e baseada em reinvidicações "que não têm base de fato", segundo divulgado pela Reuters.
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