Escola que ensina balé pode fechar por falta de patrocínio

Projeto Dançando para Não Dançar corre o risco de fechar as portas a qualquer momento

© Acervo Pessoal 

Cultura Rio de Janeiro 05/06/17 POR Agência Brasil

Após 25 anos de dedicação à inclusão social de crianças carentes do Rio de Janeiro por meio do balé, o projeto Dançando para Não Dançar corre o risco de fechar as portas a qualquer momento. Com a perda do patrocínio da Petrobras Distribuidora, encerrado em maio, depois de 19 anos de apoio, a iniciativa, que já atendeu mais de 1,5 mil crianças, atualmente enfrenta dificuldades para manter as aulas para 180 alunos.

PUB

+ Bailarina brasileira brilha em NY e sonha ser vista pela mãe em cena

Das 20 unidades, sobraram a sede, no centro do Rio, e poucos espaços em algumas comunidades. Dos quase 30 funcionários, ficaram menos de dez. Por falta de profissionais, as parcerias com creches e escolas localizadas em comunidades pobres do estado foram suspensas.

O patrocínio de R$ 30 por criança cobria as aulas e ainda equipe disciplinar, desde dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista ao pessoal administrativo, além das apresentações de fim de ano.

Idealizadora e coordenadora do projeto, a bailarina Thereza Aguilar iniciou uma campanha online para, pelo menos, conseguir pagar as contas e os salários dos professores, cerca de R$ 10 mil por mês.

“A arte é um grande mecanismo de transformação social, é através dela, da educação, que conseguimos mudar algo. Quero que essas crianças tenham mais informações para termos um Brasil melhor”, disse. “Não vou me acomodar e não vou baixar a cabeça, nem que eu tenha que recomeçar do início, dando aula sozinha como fazia antes”, afirmou Thereza.

História iniciada em 1994

Desde 1994, bailarinos de diferentes favelas cariocas já passaram pelo projeto, pelo menos 20 mil crianças e adolescentes descobriram o balé como forma de expressão e superação. Tereza perdeu a conta dos vários talentos que hoje fazem parte de grandes companhias de dança internacionais.

A bailarina Ingrid Silva começou na escola aos 8 anos, no Morro da Mangueira, zona norte da cidade, onde morava. Agora, em Nova York (EUA), integra a companhia de balé do Harlem. Em sua página no Facebook - ,ela faz um apelo para que pessoas façam doações ao projeto.

“É um trabalho de formiguinha, mas ele transformou muita coisa, pois o sofrimento social neste país é muito grande. Do que eu vejo aqui, meu trabalho é pequeno, mas tem tido grandes resultados”, completou a fundadora do programa. As informações para doações podem ser acessadas no site da escola ou pela página no Facebook do projeto.

LEIA TAMBÉM: J.K. Rowling fala a Trump: 'se precisarmos de um alarmista, chamamos'

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Emergência Médica Há 7 Horas

Atriz Lisandra Silva é hospitalizada após uso de Ozempic

mundo Eleições Há 6 Horas

EUA: Centro de referência em projeções vê vitória de Kamala

fama Luto Há 8 Horas

Fãs e familiares se despedem de Agnaldo Rayol em velório na Alesp

fama Política Há 12 Horas

Jojo Todynho se revolta com boicote por ser de direita: 'Sou o que quiser'

mundo Estados Unidos Há 14 Horas

Kamala e Trump travam o que pode ser o embate mais acirrado da história dos EUA

politica Justiça Há 13 Horas

Moraes manda Fátima de Tubarão cumprir pena por atos de 8 de janeiro

fama Estados Unidos Há 14 Horas

Rihanna encoraja americanos a irem às urnas: 'Votem, porque eu não posso'

fama Luto Há 23 Horas

Agnaldo Rayol construiu legado entre a música, a televisão e o cinema

esporte Futebol Há 12 Horas

Flamengo: Bruno Henrique é investigado por suposto esquema de apostas

tech Rede social Há 14 Horas

O X lança uma das suas alterações mais controversas