UE dá 50 milhões de euros para força anti-imigração na África

A novidade foi anunciada durante uma visita da alta representante da UE para Política Externa e Segurança, a italiana Federica Mogherini, a Bamako, capital do Mali

© Reuters

Mundo Controle 05/06/17 POR Ansa

A União Europeia dará 50 milhões de euros a uma "força conjunta" de cinco países do Sahel, cinturão árido que fica ao sul do deserto do Saara, na África, para controlar fronteiras e combater o terrorismo e o tráfico de seres humanos.

PUB

A operação será formada por tropas de Mauritânia, Mali, Burkina Fasso, Níger e Chade e é mais uma tentativa de Bruxelas, após o recente acordo com a Líbia, de diminuir o fluxo de deslocados externos no Mediterrâneo Central.

A novidade foi anunciada durante uma visita da alta representante da UE para Política Externa e Segurança, a italiana Federica Mogherini, a Bamako, capital do Mali.

O bloco decidiu ampliar seu raio de ação para reduzir o trânsito de deslocados externos pelos países do Sahel, no limite norte da África Subsaariana, de onde parte a maioria das pessoas que cruzam o Mediterrâneo rumo à Itália.

Em 2016, mais de 360 mil imigrantes irregulares desembarcaram em solo italiano, e os oito principais países de origem ficam parcial ou integralmente na África Subsaariana: Nigéria (37,5 mil), Eritreia (20,7 mil), Guiné (13,3 mil), Costa do Marfim (12,4 mil), Gâmbia (11,9 mil), Senegal (10,3 mil), Mali (10 mil) e Sudão (9,3 mil).

Os deslocados externos dessas nações viajam durante semanas pelo deserto, se aproveitando das fronteiras porosas dos Estados da região, para chegar à Líbia, de onde partem em barcos superlotados rumo à Itália.

Também existe o temor de que a crise política e a ameaça constante de uma nova guerra civil na Líbia exportem organizações terroristas, como o Estado Islâmico (EI), para os países do Sahel. "A segurança dessa zona é importante para bloquear o tráfico ilegal de seres humanos, do qual os migrantes são vítimas. A UE felicita o G5 do Sahel pela iniciativa e oferece seu apoio", diz uma nota da Comissão Europeia. Já Mogherini declarou que a estabilidade e o desenvolvimento da região são "cruciais" para a Europa. "Somos vizinhos, e tudo o que acontece em um continente tem impacto no outro. Devemos unir nossas forças para lutar contra o terrorismo e qualquer tipo de tráfico", declarou.

A italiana foi alçada ao posto de líder da política externa europeia no fim de 2014, graças ao apoio do então primeiro-ministro Matteo Renzi, que queria colocar alguém de seu país no comando da diplomacia do bloco para reforçar o combate à crise migratória.

Recentemente, a Itália, amparada pela UE, fechou um acordo para treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia e aumentar o controle nas fronteiras com Egito, Tunísia e Argélia. Assim como a força conjunta do Sahel, o objetivo do pacto é evitar que barcos com imigrantes irregulares cheguem à Europa. Com informações da ANSA.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 16 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 8 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 17 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 16 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 14 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 14 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

brasil São Paulo Há 16 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

fama LUAN-SANTANA Há 17 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento

politica Investigação Há 8 Horas

Bolsonaro liderou, e Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, diz PF

fama Documentário Há 8 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly