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A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que a líder comunitária Glória dos Santos Mica, morta em dezembro do ano passado, foi morta por um policial militar e traficantes que usavam uniforme da corporação.
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De acordo com a especializada, um dos traficantes identificados é Álvaro Santa Rosa, o Peixão, do Terceiro Comando Puro (TCP) — facção que passou a controlar os pontos de vendas de drogas do Comando Vermelho, dias antes de Glória ser morta. Já um outro traficante envolvido no crime só teve o apelido identificado: Tribolado.
Segundo informações do Dia, o cabo Carlos José Costa Júnior, também envolvido no homicídio, foi preso na manhã desta terça-feira (6).
A líder comunitária teria sido morta após sair de uma reunião do conselho comunitário que possui representantes do 16ºBPM (Olaria). Na ocasião, Glória teria discutido com PMs por não concordar no pagamento de propina a policiais que davam apoio à nova facção que dominava a Cidade Alta, no Rio de Janeiro.
"Essa operação se chama Cilada justamente porque a Glória recebeu uma mensagem de telefone após a reunião, provavelmente um policial que ela conhecia. Ao se aproximar do carro, o cabo Costa Júnior, que o dirigia, abaixa o vidro e ela se aproxima. Dois dos quatro homens que estavam no carro eram da Cidade Alta e fizeram disparos contra ela", afirmou o delegado Fábio Cardoso, titular da DH.
Ao DIA, em relação à transferência, o comandante-geral da PM confirmou que ela ocorreu pois "havia suspeitas de possíveis facilidades ilícitas entre os agentes e traficantes".
Na operação desta terça-feira, dez policiais militares (um tenente e nove praças) foram levados para depor coercitivamente em relação à morte de Glória. Entre alguns deles, afirmou a DH, estão os que foram transferidos em maio pelo comandante-geral da PM.
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