Petrobras extingue contrato com térmica da J&F por corrupção

A delação de Batista resultou em um acordo de leniência da J&F, no qual a companhia se comprometeu a pagar multa de R$ 10,3 bilhões

© Paulo Whitaker / Reuters

Economia Petrobrás 08/06/17 POR Folhapress

A Petrobras decidiu usar uma cláusula anticorrupção para extinguir contrato de fornecimento de gás para térmica do grupo J&F, controlador da JBS, em Cuiabá. A estatal informou que vai cobrar da empresa multa de R$ 70 milhões.

PUB

Leia também: OCDE deve abrir escritório no Brasil, afirma Meirelles

O relacionamento das duas companhias já enfrentava problemas desde que a J&F decidiu apelar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para forçar a Petrobras a vender gás a preços bolivianos para a usina, chamada Termelétrica Mário Covas.

Em sua delação premiada, o empresário Joesley Batista disse que ofereceu propina ao presidente Michel Temer para ajudar a resolver a discussão de forma favorável à sua empresa.

Em nota divulgada nesta quinta (8), a Petrobras diz que o contrato de fornecimento de gás à Âmbar, subsidiária da J&F que opera a térmica, tem uma cláusula na qual a cliente declara que não pagou ou ofereceu vantagens indevidas a autoridades públicas.

"Entretanto, a Petrobras tomou conhecimento das gravações de delações premiadas de executivos da J&F, de que cometeram atos que violam a legislação anticorrupção vigente", alegou a estatal.

O contrato foi assinado no último dia 13 de abril e valeria até 31 de dezembro. A Petrobras diz que exercerá a prerrogativa contratual de cobrar multa que pode chegar a R$ 70 milhões, considerando o saldo remanescente do contrato.

A discussão sobre o preço do gás para a Termelétrica Mário Covas teve início em 2015, quando a J&F adquiriu a EPE (Empresa de Produção de Energia), que era a dona da térmica e foi rebatizada Âmbar.

A companhia recorreu ao Cade acusando a Petrobras de prática anticoncorrencial ao se recusar a vender o combustível a preços bolivianos -a usina fica próxima à fronteira com a Bolívia e é abastecida com gás do país vizinho, mas vendido pela Petrobras.

Na nota, a estatal defende que não cedeu às pressões da J&F e assinou o contrato com o preços "baseados em critérios de mercado" -de US$ 6,07 por milhão de BTU (medida de poder calorífico), enquanto o gás boliviano é vendido a US$ 4,29 por milhão de BTU.

A delação de Batista resultou em um acordo de leniência da J&F, no qual a companhia se comprometeu a pagar multa de R$ 10,3 bilhões e garantiu o direito de continuar sendo contratada pelo poder público. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Tragédia Há 20 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

fama Realeza britânica Há 2 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Hollywood Há 22 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 22 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

esporte Futebol Há 22 Horas

Ex-companheiros ajudam filho de Robinho, que começa a brilhar no Santos

fama Televisão agora mesmo

Fernanda Lima diz que Globo acabou com Amor e Sexo por ser progressista

fama Luxo 23/12/24

Jeff Bezos se casará em Aspen com festa de R$ 3,5 bilhões e convidados famosos

brasil Tragédia Há 21 Horas

Duas mulheres seguem em estado grave após explosão de avião que caiu em Gramado

fama Família Há 21 Horas

Está 24 horas presente, diz Iza sobre Yuri Lima, pai de Nala

fama Confusões Há 20 Horas

Famosos Problemáticos: O que os vizinhos têm a dizer