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A médica Haydee Marques da Silva que recusou atender o paciente Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e 6 meses, na manhã de quarta-feira (7) justificado a ação ser clínica geral, e não pediatra. A informação foi revelada ao jornal O Globo por uma diretora da Cuidar Emergências Médicas, empresa onde a profissional trabalhava. Ela não teve nome divulgado.
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"Infelizmente a unidade saiu do local porque a médica alegou que não atenderia uma criança, já que ela é clínica geral e anestesista, e não pediatra", explicou a diretora. A médica, que foi demitida, trabalhava há quatro anos na empresa.
Breno tinha uma doença neurológica chamada síndrome de ohtahara, que causa convulsões severas. Na quarta-feira, a criança apresentou um quadro infeccioso, e a família chamou uma ambulância da Cuidar, por meio do plano de saúde Unimed-Rio. O veículo chegou por volta das 9h ao condomínio onde morava o paciente, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio. O menino morreu uma hora e meia depois de ter atendimento negado, esperando outra ambulância.
"Nosso serviço tem a mesma lógica do bombeiro. Falei com ela (médica) hoje por telefone e ela disse que não tinha visto nada na televisão e que estava indo ao dentista. Se limitou a me ouvir", contou a diretora, que disse ter recebido ameaças após a repercussão do caso. De acordo com testemunhas, Haydee também teria gritado que estava no fim do plantão.
O corpo de Breno foi enterrado na tarde de quinta-feira (8) no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Norte do Rio. O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) abriu uma sindicância para investigar o caso. A 16ª DP (Barra da Tijuca) está apurando a ocorrência.