© Reuters / Adriano Machado
Em depoimento à Polícia Federal, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) declarou nesta quarta (14) que seu silêncio "nunca esteve à venda", e negou qualquer recebimento de propina para não fazer delação.
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O nome de Cunha foi mencionado por delatores da JBS, que afirmaram, em conversa gravada com o presidente Michel Temer (PMDB), que ele recebeu dinheiro, já preso, para não delatar. O empresário Joesley Batista afirmou à Procuradoria-Geral da República que pagou R$ 5 milhões ao peemedebista.
"Ele refutou com veemência. O silêncio dele nunca esteve à venda", afirmou o advogado Rodrigo Sánchez Rios, que defende Cunha.
No depoimento, Cunha negou que tenha recebido propostas de Temer ou de seus emissários para comprar o seu silêncio. Disse também que não conhecia a irmã do operador Lúcio Funaro, Roberta Funaro, presa na Operação Patmos e acusada de ter recebido valores em nome do ex-deputado.
O depoimento durou cerca de uma hora e meia. A defesa tentou adiar a oitiva, argumentando que não teve acesso à íntegra do inquérito. Ainda assim, o ex-deputado resolveu fazer "uma declaração geral", segundo Rios, a respeito das acusações.
O ex-deputado, investigado na Operação Lava Jato, permanece preso em Curitiba. A defesa de Cunha já pediu a anulação da delação da JBS ao STF (Supremo Tribunal Federal). Com informações da Folhapress.