© Reuters / Nacho Doce
Dois dos principais eventos culturais do Rio de Janeiro foram afetados pelo ajuste fiscal realizado pelo prefeito Marcello Crivella (PRB): o Carnaval e a Parada do orgulho LGBT. Após o corte de verba, as comemorações têm encontrado dificuldade em se viabilizar.
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Para compensar o corte de 50% da verba destinada aos desfiles das escolas de Samba, a Riotur afirmou que vai procurar ajuda na iniciativa privada. As informações são da Folha de S. Paulo.
A prefeitura afirmou que não vai repassar recursos para a Parada LGBT de Copacabana, prevista para outubro. Segundo os organizadores, o evento levou 800 mil à orla no ano passado. A parada de Madureira, prevista para 16 de julho, que contava com obtenção de verba pública até 2016, ainda não conseguiu os R$ 370 mil necessários para o evento.
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A justificativa para os cortes se baseia no rombo dos cofres municiais - o valor estimado é de R$ 4 bilhões. A oposição, no entanto, acredita que suas decisões estão relacionadas com o "fundamentalismo religioso" do prefeito, que é bispo licenciado da Igreja Universal - vertente que condena a comunidade LGBT e o Carnaval.
"O prefeito está deixando as convicções religiosas dele interferir", afirmou o David Miranda (PSOL).
Enquanto isso, em São Paulo, a Parada LGBT que vai acontecer neste domingo (18), na Avenida Paulista, contou com o investimento de R$ 1,4 milhão da gestão do prefeito João Doria (PSDB).