© Rovena Rosa/Agência Brasil
O ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, divulgou nota, neste sábado (17), contestando as declarações de Joesley Batista, um dos donos da JBS, em entrevista à revista Época.
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Joesley falou sobre o esquema de propina montado para facilitar os negócios da sua empresa e citou alguns nomes da política, inclusive o do ministro, como integrantes da "organização criminosa" chefiada pelo presidente Michel Temer.
"É surpreendente a ousadia e a desenvoltura em mentir do contraventor Joesley Batista. Estive com ele uma única vez, em um grupo de brasileiros, numa viagem de trabalho em Pequim, ocasião em que me foi apresentado. E nunca mais nos encontramos. Seu juízo a meu respeito é o de quem quer prestar serviço e para tal, aparenta um relacionamento que nunca existiu", diz o texto divulgado por Franco.
Na última quinta-feira (15), o ministro também havia se manifestado sobre a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que propôs a realização de eleições diretas, indo de encontro, inclusive, ao que decidiu o próprio PSDB. Para tanto, o tucano considerou a "falta de legitimidade" do presidente Michel Temer, após as últimas delações da Lava Jato.
Na ocasião, Moreira Franco disse que a posição de FHC "pode ser analisada como reflexão de um sociólogo", que se encerra na universidade, mas não teria como ser implementada na prática. A informação é da jornalista Cristiana Lôbo, do portal G1.
"Essas propostas têm cunho mobilizador. Mas, do ponto de vista prático, depende de ação no Congresso, com negociação com lideranças, pois depende de aprovação de uma emenda constitucional", disse o ministro.
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