O goleiro do Milan Gianluigi Donnarumma recebeu uma "chuva de dólares" durante uma partida da Itália pelo Campeonato Europeu Sub-21, disputado na Polônia, no último domingo (18).
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O episódio aconteceu no jogo contra a Dinamarca, quando torcedores milanistas atiraram cédulas falsas sobre o jovem arqueiro de 18 anos. Além disso, eles exibiram uma faixa com a palavra "Dollarumma", um trocadilho com "dólar" e o sobrenome do jogador.
A torcida do Milan se revoltou com Donnarumma após ele ter recusado um salário de 5 milhões de euros por temporada para renovar seu contrato, que termina em junho de 2018. Com isso, ele poderá se transferir de graça a partir do ano que vem.
Segundo seu empresário, Mino Raiola, a decisão se deveu ao "ambiente hostil" que foi criado contra o goleiro. "Fomos obrigados a tomar decisões que não queríamos tomar", declarou Raiola à emissora "Rai" no último domingo, negando que as negociações tenham sido encerradas por questões financeiras.
O empresário ainda disse que a família de Donnarumma recebeu "ameaças" e não teve a proteção do clube rossonero. Já o CEO do Milan, Marco Fassone, afirmou nesta segunda-feira (19) que a equipe sempre foi "transparente" e queria continuar com "Gigio", apelido do arqueiro na Itália.
Em meio a esse clima de tensão, o futuro do goleiro é incerto: a diretoria milanista garante que não o venderá, mas a possibilidade de perder um astro sem receber nenhum centavo pode mudar o cenário. Até agora, não há propostas oficiais por Donnarumma, mas fala-se em um interesse do Real Madrid e até da Juventus.
"Gigio" estreou nos profissionais com apenas 16 anos e já é titular absoluto do Milan, além de reserva imediato de Buffon na seleção principal da Itália. Donnarumma também é tido como o sucessor do goleiro da Juve na Azzurra. (ANSA)