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Duas semanas após a polícia alertar que encontrou "fortes indícios" de que o desaparecimento do estudante de psicologia Bruno Borges tenha ocorrido para impulsionar a divulgação de livros, a família vendeu os direitos dos manuscritos dele a uma editora. O 'Jovem do Acre', desaparecido desde 27 de março, deixou 14 obras criptografadas, quatro delas foram "desvendadas" pela família e amigos.
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O primeiro livro a ser publicado será “Teoria de Absorção de Conhecimentos (TAC)”. Pai de Bruno, Athos Borges disse ao G1 que a ordem de publicação foi pelo próprio estudante. O livro seria um método "capaz de potencializar a espiritualidade e os órgãos sensoriais para gerar insights produtores de conhecimentos", explicou.
A obra ainda não tem data de lançamento. "Vai ser lançado e-book e livro físico, tudo junto. Dependemos da editora que comprou os direitos. Vai ser feito da maneira dela, ela vai decidir como vai ser”, concluiu.
A Polícia Civil afirmou que, no mesmo dia em que o 'Jovem do Acre' desapareceu, um documento sobre o faturamento das obras foi registrado em Rio Branco. O "Contrato de Sociedade no Projeto Enzo com o Lançamento de 14 Obras" foi registrado no dia 27 de março, no Primeiro Tabelionato de Notas e firmado com Marcelo de Souza Ferreira, amigo de Bruno.
O documento define que haveria benefício de 15% do faturamento bruto do 'Projeto Enzo' e das '14 literaturas iniciais', parte do lançamento do 'projeto'. Mãe do jovem desaparecido, a empresária Denise Borges refutou, à época, a ideia de que o sumiço do filho seja uma "jogada de marketing". "Eu sou a única pessoa que li os quatro livros. Não se trata de uma jogada de marketing. Eu já sabia da existência dos contratos. Aqueles meninos ajudaram o Bruno", disse a mãe. Denise também confirmou o lançamento do primeiro livro em breve.
"Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos que o ajudaram? O problema é que sempre tentam encontrar um meio pra prejudicar a imagem de alguém de bem", disse a irmã de Bruno, Gabriela Borges, em uma rede social.
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