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Teve início nesta terça-feira, dia 20, a última etapa da entrega de armas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para as Nações Unidas (ONU), essencial para iniciar a transição do grupo guerrilheiro para a vida civil e para a sua participação na política do país latino.
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De acordo com o presidente da nação sul-americana, Juan Manuel Santos, em anúncio, esta fase do desarmamento dos rebeldes, que deverá terminar na próxima terça-feira (27), será marcada pela entrega de 40% do arsenal dos cerca de 7 mil guerrilheiros do grupo nos 26 pontos de concentração. Os outros 60% dos armamentos já foram entregues à ONU nas últimas semanas. Segundo o mandatário, "o desarmamento é uma realidade e com ele vêm os avanços para consolidar a paz com as Farc e dar aos colombianos muito mais tranquilidade". Além disso, Santos afirmou que 5,8 mil combatentes da milícia, a mais antiga da América Latina, já devolveram suas armas, até mesmo os que atualmente estão presos. Sobre eles, o líder colombiano disse que "já iniciaram seu processo de reincorporação na vida civil".
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Além de receber os armamentos, a organização internacional expede certificados de que os ex-guerrilheiros deixaram suas armas, o que permite com que eles possam começar a sua transição para a vida civil e política. Para isso, cada membro das Farc deve assinar "um documento de compromisso no escritório do Comissariado da Paz de não voltar a usar as armas sobre pena de perde os benefícios", relembrou Santos. Já o secretário-geral adjunto de Assuntos Políticos das Nações Unidas, Jeffrey Feltman, também comentou sobre a última fase do desarmamento.
"Sabemos que enfrentamos alguns desafios na implementação deste processo, que pôs um fim a um conflito histórico de mais de 50 anos. Mas vimos com bons olhos a maneira com a qual esses obstáculos foram superados", afirmou Feltman. (ANSA)
Foto de arquivo