© Miraflores Palace/Handout via REUTERS
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSG), decidiu nesta terça-feira, dia 20, que abrirá uma audiência preliminar contra a procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, pela suposta "prática de faltas graves no exercício do seu cargo", o que pode resultar na sua destituição.
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A denúncia foi apresentada ao poder judiciário pelo deputado pró-governo de Nicolás Maduro Pedro Carreño, dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), na semana passada.
Nela, o chavista exigia além da remoção da procuradora do cargo, o congelamento cautelar de seus bens e a proibição de deixar o país. Segundo Carreño, Ortega Díaz "tentou falhamente atacar, lesionar ameaçar a ética pública e a moral administrativa" assim como "atuar com grave e imperdoável ignorância na Constituição e violar, ameaçar e minar os princípios fundamentais estabelecidos na Constituição".
O deputado também afirmou que trabalhará até seu "último suspiro para a defesa da Constituição", legado do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999 - 2013). A procuradora-geral acabou se tornando um dos alvos de políticos, manifestantes e militantes chavistas, que a qualificam como uma "traidora" e "líder da opinião" da oposição, ao denunciar a brutal repressão das forças de segurança do país nos protestos contra Maduro e ao ratificar a morte de Juan Pernalete, jovem que acabou falecendo devido ao impacto de uma bomba de gás lacrimogêneo lançada pela Guarda Nacional Bolivariana em abril. (ANSA)