© Lula Marques/AGPT
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi um dos representantes da derrota do governo no Senado nesta terça-feira (20). O parlamentar é crítico ferrenho à reforma trabalhista e convenceu os seus aliados a votarem contra a proposta da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
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Era esperado que alguns senadores, como Hélio José (PMDB-DF), se ausentassem da votação para não terem que votar contra ou a favor de Temer. Hélio José foi um dos convencidos por Calheiros a ir ao pleito e votar contra a reforma, segundo divulgado por Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo. Como a votação foi apertada, o voto de Hélio José foi fundamental.
Por ser líder do PMDB no Senado, que é o partido de Temer, Renan foi criticado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). "A situação é de vaca não reconhecer bezerro no curral pequeno", disse ele. "Não tem cabimento um negócio desses", completou.
Para Ferraço, o seu partido deve deixar o governo, mas acredita que as reformas são "fundamentais para o país".
A votação
A CAS rejeitou o relatório da reforma trabalhista com um placar apertado, 10 senadores votaram pela rejeição do projeto e nove votaram pela aprovação do relatório de Ferraço.
Mesmo com a derrota, o projeto segue normalmente para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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