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O procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal, disse que o prêmio é uma oportunidade de dar visibilidade ao projeto, “de mostrar que é possível para o consumidor participar do controle do desmatamento ilegal na Região Amazônica”.
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Muitas empresas lançaram, inclusive, selo específico para facilitar a identificação por parte dos clientes. “Fazemos reuniões periódicas com a Abras e com os supermercados para discutir formas de melhorar a implementação do acordo. A maioria dos produtores rurais consegue vislumbrar hoje que o seu produto só vai ter aceitação no mercado se for acompanhado de um mínimo de regularização ambiental”, disse o procurador.
Pelo termo de cooperação, a Abras se comprometeu a informar e orientar as empresas do setor supermercadista sobre práticas que ajudem a coibir o trabalho escravo na cadeia da carne, ampliem a redução do desmatamento e a recuperação de áreas desmatadas e combatam o abate clandestino.
Esse pacto é fruto de uma série de ações propostas pelo MPF, iniciadas no Pará em 2009, que buscava indenizações por danos ambientais causados pela criação irregular de gado no estado. Segundo o MPF do Pará, as ações levaram à assinatura de termos de Ajuste de Conduta (TACs) com cerca de 100 frigoríficos, curtumes e empresas calçadistas, que se comprometeram a cobrar medidas de sustentabilidade ambiental e social dos seus fornecedores.
“Em 2009, tínhamos vários estudos e dados públicos reconhecendo que a atividade da pecuária era a que mais causava desmatamento na Amazônia. Foi isso que gerou a atuação do Ministério Público”, informou o procurador Avelino.