© Marcos Corrêa/PR
Michel Temer entrará para a história como o primeiro presidente acusado de corrupção pela Procuradoria-Geral da República. Além da inauguração do título, Temer também ficará conhecido como um dos que mais cometeu vexames em tão pouco tempo.
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De acordo com o colunista da Folha de S. Paulo, Elio Gaspari,"em apenas dez dias Temer produziu três ruínas". A chanceler alemã Angela Merkel foi à Argentina e não fez questão de vir ao Brasil, o que mostra um grande desprestígio internacional. Temer não se fez de rogado e seguiu viagem para a Rússia e para a Noruega.
Como lembrou o colunista, Temer chegou à Noruega para de presenciar o corte de 50% da contribuição norueguesa para o Fundo Amazônia, devido ao descuido com o aumento do desmatamento.
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Ainda na Noruega, Temer ouviu da boca da própria primeira-ministra do país, Erna Solberg, as preocupações com a Lava Jato e corrupção no Brasil. "Estamos preocupados com o processo da Lava Jato, esperamos uma limpeza e que sejam encontradas boas soluções", disse Solberg.
Temer não lembrou de rebater o carão da primeira-ministra argumentando que parte da limpeza poderia ser feita no seu quintal, já que duas empresas norueguesas entraram na farra das sondas marítimas da Petrobras.
Apesar disso, de acordo com Gaspari, o ministro Antônio Imbassahy, da Secretaria de Governo, respondeu como a humildade dos colonizados: "É o pensamento dela. Nós respeitamos".
Segundo Gaspari, o que Imbassahy tinha a ver com a viagem, não se sabe. Com ele estava Paulo Bauer, líder do PSDB no Senado. Enquanto eles flanavam, o projeto de reforma trabalhista do governo foi rejeitado numa comissão da Casa.
Gaspari contabilizou que esses vexames foram produzidos por uma Presidência que, ao longo desses mesmos dez dias, foi bem avaliada por apenas 7% dos entrevistados pelo Datafolha. De quebra, o governo americano proibiu a importação de carne fresca brasileira.