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É característico do inverno o vento frio, o tempo seco e o aumento da concentração de poluentes no ar. Esses fatores, invariavelmente, provocam alterações na pele, com consequente deficiência na boa formação da membrana hidrolipídica (filme natural de gordura e água que protege a pele).
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“Abusamos também da água quente e os contrastes bruscos de temperatura tornam a pele mais ressecada”, explica Silvana Masiero, farmacêutica e gerente de desenvolvimento da Under Skin. “Por esse motivo, os cuidados devem ser redobrados na rotina de beleza e alguns erros devem ser evitados no momento da limpeza, hidratação e proteção da pele”, explica. Confira erros comuns no inverno que devem ser evitados:
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Não passar protetor solar — “Apesar dos índices de radiação UVB chegarem com menor incidência à Terra, nós temos ainda a presença do UVA, que continua com igual intensidade, além disso, temos a luz visível e o infravermelho, que está presente no mormaço e calor e, também, quando estamos em ambientes muito quentes. O infravermelho tem alta penetrância chegando à derme profunda”, explica. As radiações provocam danos que comprometem a estrutura de sustentação da pele e propicia o aparecimento de rugas e flacidez. “A orientação continua: reaplicar o fotoprotetor de quatro em quatro horas em ambientes fechados e de duas em duas horas em fotoexposição direta”, explica a farmacêutica. “Ativos antioxidantes como a Vitamina C estabilizada (Tetraisopalmitato de Ascorbila) e a Vitamina E, juntas, devem ser aplicadas antes do protetor solar, potencializando seu efeito”, garante.
Não hidratar a pele — Hidratação não pode ser deixada de lado em nenhuma estação do ano. “A falta de umidade e o vento frio comprometem a função de barreira da pele. Por esse motivo, após a limpeza e tonificação, séruns ou cremes com ácido hialurônico vetorizado ao silício são indicados. Além de função antienvelhecimento, esse ingrediente hidrata profundamente de maneira imediata e prolongada”, explica Silvana Masiero.
Não usar cremes reparadores — Além da hidratação, produtos que promovam reparação celular são essenciais. “No inverno, a concentração de poluentes na atmosfera fica maior e ultimamente um micropoluente, o PM 2.5, vem recebendo atenção da indústria, por aderir à pele e causar ruptura da função de barreira da pele”, explica. Para evitar isso, é indicado o uso de cremes noturnos com funções antioxidantes e de reparação, segundo a farmacêutica.
Tomar banhos longos e quentes — Durante esta estação é indispensável aumentar a hidratação da pele, evitar banhos muito demorados com água quente e evitar usar bucha. “A água quente remove a camada protetora da pele, podendo desidratar e com isso provocar dermatites no couro cabeludo”, explica.
Abusar dos ácidos e retinóides — O inverno é a melhor época para usar retinóides e ácidos (exemplo: AHAs), entre outros produtos de tratamento. “Mas abusar desses produtos pode ser perigoso. Se usados sem orientação médica e com persistência, podem causar vermelhidão, irritação e desidratação. Por isso, ao usar um ácido, é fundamental limpar e hidratar a pele no dia seguinte com consequente uso de protetor solar”, finaliza.