© Reprodução/EPTV/Arquivo Pessoal
"Vai trazer ele de volta? Não vai, mas não podemos deixar pessoas irresponsáveis usar crianças como cobaias!". O desabafo é de Giordani Orsini, pai de um bebê de três meses que faleceu no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo, em abril. A família acusa a unidade de negligência por submeter o pequeno Giovani a uma cirurgia que seria inadequada por ele apresentar quadro de meningite. Em nota, o Hospital das Clínicas declarou que o atendimento será averiguado.
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Ao Jornal da EPTV deste domingo (2), o casal contou que o menino chorava muito, por isso, resolveu levá-lo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Diagnosticado com infecção no ouvido, a criança foi medicada e voltou para casa. Como o sintoma persistiu, os pais voltaram.
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Com a suspeita de "intussuscepção intestinal", que seria uma dobra no intestino, os médicos encaminharam o bebê ao hospital, onde ele foi submetido a exames e operado. Conforme a família, o laudo médico do próprio hospital atestava que “não houve achados cirúrgicos”.
Em outro documento, também fornecido pela unidade à família, contaram que o bebê foi "extubado acidentalmente", ou seja, foi retirado da intubação. "Eles voltaram e falaram para a gente que tiraram o tubo, que ele estava correndo risco, caiu secreção no pulmão e que ele estava correndo risco. Fizeram uma cirurgia que não precisava ser feita. Poderia? Poderia, mas não naquele momento", contou a mãe ao jornal.
Depois de esperar cinco horas e ser internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI), o bebê faleceu no dia seguinte. Advgado da família, José Augusto Aparecido Ferraz avisou que ingressará com ações na Justiça para exigir indenização por danos morais e pedir a condenação da equipe que atendeu Giovani por homicídio culposo. Os laudos também irão para o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).