Indústria brasileira tenta adiar abertura a importados

"Precisamos de um tempo maior", disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi

© DR

Economia Mercosul 03/07/17 POR Estadao Conteudo

A indústria brasileira pedirá mais tempo antes de abrir o mercado para produtos da Europa. Em vez de redução gradual de tarifas até zero em dez anos, as empresas vão pedir 15 anos no acordo que o Mercosul negocia com a União Europeia. "Precisamos de um tempo maior", disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi.

PUB

A proposta é que a abertura se dê em ritmos diferentes. No caso do Brasil, em 15 anos. Na mão contrária, os europeus estão dispostos a zerar suas tarifas de importação num prazo de sete a oito anos, disse o diretor.

Os europeus já não cobram imposto em cerca de 25% de suas importações de produtos industriais. Mas, em 1.001 produtos que o Brasil teria melhores condições de competir, há taxação em 67% deles, segundo a CNI. Os aviões da Embraer, por exemplo, recolhem 2,3%, o que é muito considerando o valor elevado. Os calçados pagam 17% de imposto, mesma tarifa cobrada sobre o suco de laranja.

Um grupo de 30 industriais brasileiros embarcou para Bruxelas, onde haverá nesta semana uma nova rodada de negociações. Eles vão pressionar para que o assunto não fique em compasso de espera até as eleições da Alemanha, em setembro. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, mencionou o prazo na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

A CNI quer que as negociações sigam em ritmo forte, para fechar as linhas gerais do acordo até dezembro. A parte mais espinhosa da negociação começa em setembro - ela trata da abertura do mercado sul-americano para os produtos industriais europeus e a da Europa para os itens agropecuários daqui.

Os empresários que vão acompanhar as negociações em Bruxelas querem também que os europeus ampliem as cotas de importação a tarifas baixas de produtos como carne de frango e bovina, tabaco e açúcar.

Na semana passada, integrantes do Parlamento Europeu pediram que as negociações sejam suspensas após as denúncias contra o presidente Michel Temer. A questão, porém, não tem afetado as negociações, segundo um técnico do governo.

Os europeus também fizeram várias críticas ao sistema de controle sanitário do Brasil, após inspecionar amostras de carne exportadas. A carne brasileira enfrenta problemas também nos Estados Unidos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 12 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama MAIDÊ-MAHL Há 13 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 12 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 10 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

fama Harry e Meghan Markle Há 4 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

esporte Indefinição Há 12 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

brasil São Paulo Há 12 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

fama Documentário Há 4 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

brasil Brasil Há 8 Horas

Jovens fogem após sofrerem grave acidente de carro; vídeo

fama LUAN-SANTANA Há 12 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento