© Reuters / Nacho Doce
O governo da Argentina anunciou nesta segunda-feira (3) ter proibido a Odebrecht de participar de licitações de obras públicas no país por 12 meses.
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Para justificar a decisão, o Conselho de Registro de Construtoras, órgão técnico subordinado ao Ministério do Interior, citou as investigações contra a empreiteira que correm na Justiça argentina e no âmbito da Lava Jato, no Brasil.
Procurada pela reportagem por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa não se pronunciou sobre a medida até a publicação deste texto.
A Odebrecht é alvo de ações em três tribunais no país vizinho por suspeita de superfaturamento de obras e pagamento de propinas. De acordo com os EUA, a construtora pagou US$ 35 milhões em propinas a políticos argentinos de 2007 a 2014, mas a imprensa local estima os subornos em US$ 100 milhões.
Em maio, a construtora anunciou a disposição de colaborar com a Argentina para revelar os políticos do país que teriam recebido propinas. A legislação local, porém, não prevê acordos de leniência em casos de corrupção.
Na semana passada, a empresa vendeu sua participação em sua principal obra no país, o soterramento da linha de trens Sarmiento, em Buenos Aires. Com informações da Folhapress.