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Afastado há mais de um mês do mandato por decisão da Justiça, Aécio Neves (PSDB-MG) voltou nesta terça-feira (4) a frequentar o Senado Federal. O tucano apareceu de forma discreta e entrou por um prédio anexo que dá acesso aos gabinetes.
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O senador chegou às 13h45 para participar de um almoço da bancada tucana no gabinete do senador Tasso Jereissati (CE), que assumiu interinamente o cargo de presidente do partido após o licenciamento de Aécio.
O tucano teve uma chegada discreta e não quis dar declarações. "Mais tarde eu falo com vocês", disse. Apenas a deputada Bruna Furlan (PSDB-SP) o aguardava com uma mensagem de boas vindas.
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Está previsto um discurso do senador na tribuna do Congresso para esta tarde. Ele se reuniu nesta manhã com os senadores Paulo Bauer (SC), líder do partido no Senado, e Cassio Cunha Lima (PB), vice-presidente da Casa.
Aécio não comparecia ao Senado desde o dia 17 de maio, quando foram divulgadas as primeiras acusações do grupo JBS contra o tucano.
No dia seguinte, o ministro Luiz Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu afastar Aécio das atividades públicas depois de ele ter sido gravado pelo empresário Joesley Batista pedindo R$ 2 milhões.
Na conversa, o tucano fala ainda em meios para tentar barrar as investigações da Lava Jato. A decisão do STF foi revertida na semana passada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que autorizou que Aécio retomasse o mandato de senador.
O retorno do tucano ao Senado se diferencia de um episódio que aconteceu há quase três anos, quando ele retornou ao Congresso em novembro 2014, depois de ter sido derrotado nas urnas pela ex-presidente Dilma Rousseff.
Na ocasião, depois de ter se ficado fora das atividades legislativas por vários meses para disputar o Palácio do Planalto, Aécio chegou falando que lideraria o "exército da oposição".
Em 2014, o tucano foi recebido em Brasília no aeroporto e saudado na volta ao Congresso por cerca de 200 pessoas sob gritos de "fora PT" e "Aécio presidente". A cena não se repetiu nesta terça, e Aécio escolheu entrar no Senado por um dos anexos e não pela entrada principal, como fez em novembro de 2014, quando havia conquistado 51 milhões de votos para presidente.
"Eu chego hoje ao Congresso Nacional para exercer o papel que me foi delegado pela grande maioria da população brasileira, por 51 milhões de brasileiros. Vou ser oposição sem adjetivos. Se quiserem dialogar, apresentem propostas que interessem aos brasileiros", disse na ocasião.PSDB
Os tucanos discutem nesta terça o futuro do comando do partido. Aécio está licenciado do cargo de presidente desde maio, quando foi afastado do mandato pelo STF. A sigla decidirá se Tasso, que ocupa interinamente o cargo, permanece na presidência ou se Aécio voltará ao cargo. Com informações da Folhapress.