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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se prepara para ser "o seguidor do golpe".
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"Certamente o Rodrigo Maia já deve estar se preparando para ser o próximo presidente, o sucessor do golpe", disse Lula para a plateia formada por militantes petistas. "E nós não podemos achar que um golpista é melhor que o outro."As declarações foram dadas durante a posse da senadora Gleisi Hoffmann (PR) como presidente do PT, em Brasília, nesta quarta-feira (5).
Ela foi eleita em junho durante o congresso do partido, após disputa com o colega de Senado Lindbergh Farias (RJ).
No discurso curto, de cerca de 20 minutos, o ex-presidente pediu aos militantes do partido cautela com relação à saída do presidente Michel Temer (PMDB), por afirmar que há dois movimentos contrários ao peemedebista no país, o do PT e o da Rede Globo.
"É importante lembrar que a razão pela qual nos queremos a saída do Temer não é a mesma pela qual a Globo quer", disse. "A gente não pode brincar de achar que o que a Globo quer é para o bem do Brasil."
O jornal "O Globo", do grupo Globo, revelou a conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS, que embasa a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Segundo o petista, a Globo busca um candidato para enfrentar Lula nas eleições presidenciais de 2018. "Daqui a pouco eles colocam o próprio João Roberto Marinho, colocar o Luciano Huck, o Faustão, a Miriam Leitão... Daqui a pouco vão pedir pro Papa transferir o título para o Brasil para eles colocarem nas pesquisas", disse, sob muitos aplausos.
Apesar de citar explicitamente a emissora, o ex-presidente citou indiretamente a Lava Jato. "Eu não admito que digam que o PT é contra o combate à corrupção", disse. "Nós somos contra que se faça pirotecnia para negar a política desse pais, com meia dúzia de pessoas que acham que são donas da verdade."
Em seu discurso de posse, Gleisi citou o período turbulento pelo que passa a sigla. Ao cumprimentar Rui Falcão, que a precedeu no cargo, afirmou que ele o partido vive "seus tempos mais difíceis".
Depois, também citou a Lava Jato. Ela, assim como o ex-presidente Lula, é ré na operação. A senadora disse que "tendo claro o lado da historia que nos estamos, não tem vendaval, não tem furacão, não tem caçada, presidente Lula, que possa nos afetar."
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A senadora cobrou que o partido não tenha "arrogância", e pediu união aos partidos de esquerda, com o PC do B, o PDT e o PSB -este desembarcou recentemente do governo de Michel Temer.
Já a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que a "história está sendo muito severa e implacável com os líderes do golpe".
Dilma citou nominalmente o senador Aécio Neves (PSDB), que ficou afastado do mandato por decisão do STF, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado preso pela Lava Jato, e Michel Temer (PMDB), denunciado pelo procurador-geral da República.
Ela afirmou em discurso que o PT está recuperando espaço no cenário político atual.
"Quantas vezes deram o atestado de que nós tínhamos morrido? E hoje por qualquer aspecto que se olhe, o PT é sem dúvida o partido que vai cada vez mais resgatar o espaço que sempre teve", afirmou. Com informações da Folhapress.